A inflação voltou a abrandar em julho, de acordo com a estimativa rápida publicada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em junho, a inflação homóloga tinha-se situado nos 3,4 %, tendo passado em julho para os 3,1%, o que traduz uma descida de 0,3 pontos.
Segundo o INE, a desaceleração “está parcialmente associada a um decréscimo de preços verificado na classe dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”.
A inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e a energia, também abrandou, tendo já baixado dos 5%. Terá passado em julho de 5,3% para 4,7%.
INE confirma que a taxa de inflação homóloga desacelerou para 3,4% em junho
Já o índice que inclui apenas os produtos energéticos mantém-se negativo. Ter-se-á fixado em -15,0%, tendo recuado menos face aos -18,8% do mês anteriores. O índice relativo apenas aos produtos alimentares não transformados terá recuado de 8,5% para 6,9%.
A variação mensal do Índice de Preços no Consumidor também registou uma descida, ao contrário do que aconteceu no mês passado. Abrandou de 0,3% para -0,4%.
O INE estima-se que a variação média dos últimos doze meses se situe nos 7,3%, também aqui um abrandamento face à média de 7,8% do mês anterior.
Por sua vez, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que serve para comparar com outros países europeus, terá registado uma quebra homóloga de quatro pontos, passando de 4,7% para 4,3%.
A inflação de julho já permite ter uma ideia do que poderá ser o aumento das rendas em 2024. A inflação que serve de base à atualização das rendas é apurada em agosto. Em julho, de acordo com a estimativa rápida, a inflação média dos últimos 12 meses excluindo habitação ficou nos 7,41%. No último ano foi adotada uma norma travão que limitou o aumento das rendas em 2023 a 2%.
Os dados definitivos da inflação de julho serão publicados no próximo dia 10 de agosto.
O Eurostat também divulgou esta segunda-feira os dados da inflação de julho, que apontam para um abrandamento de dois pontos, para 5,3%, face aos 5,5% registados em junho. A componente de alimentação, álcool e tabaco é a que regista uma taxa de inflação mais alta, entre as que compõem o indicador. Ainda assim terá abrandado, de 11,6% em junho para 10,8% em julho. Seguem-se os serviços, que terão descido de 5,6% para 5,4%, os bens industriais não energéticos, que passaram de 5,5% para 5%, e a energia, que se terá fixado nos -6,1%, que comparam com os -5,6% registados em junho.