Cerca de 20 pessoas morreram no domingo no Burkina Faso num ataque que se suspeita ter sido realizado por jihadistas, confirmou a AFP junto de fontes da polícia.
O incidente aconteceu perto da fronteira com o Togo e vitimou sobretudo comerciantes. Cerca de dez pessoas terão ficado feridas.
Mais de cinco mil pessoas morreram este ano na sequência de ataques jihadistas, segundo estimativas de organizações não-governamentais com presença no país. Ao todo, estes ataques terão vitimado cerca de 16 mil civis, militares e polícias.
Os responsáveis pelo mais recente golpe militar, que colocou no poder o capitão Ibrahim Traore, que afastou em setembro do ano passado o tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba, justificaram a ação com a incapacidade do então líder em lidar com a presença jihadista.
Damiba tinha chegado ao poder na sequência de um outro golpe militar, substituindo o último presidente eleito do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore.
O Burkina Faso foi um dos países que se mostrou contra uma intervenção militar por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no Níger, que atravessa uma crise política. O Burkina Faso, juntamente com o Mali e a Guiné, encontra-se suspenso da CEDEAO devido à situação política no país.