A dar início à segunda época em Portugal, ainda há vários aspetos do país que Roger Schmidt não conhece. Um deles, levantar uma Supertaça, pode agora dizer-se que é um objetivo concretizado. Diante do FC Porto, o Benfica chegava com o estatuto de campeão nacional. Para defender esse título, a conquista do troféu que inaugura a temporada não é uma vantagem.

“Hoje, ganhámos o troféu, mas amanhã temos um novo desafio. Após um ano em Portugal, sei o quão difícil é ganhar o Campeonato por causa das equipas contra quem temos que jogar. Temos que ganhar mais pontos do que eles. Temos o Sporting, temos o Sp. Braga, temos equipas muito boas na Liga. Precisamos de muitos pontos. Temos muito respeito por cada competição. Obviamente, a Liga é a competição mais importante”, explicou Schmidt no rescaldo ao clássico da Supertaça. “Após a vitória na Supertaça, não se é favorito a ganhar a Liga, porque é preciso jogar 34 jogos”.

No primeiro jogo oficial da temporada, que o Benfica acabou por ganhar 2-0. Roger Schmidt optou por não utilizar nenhum jogador de referência no ataque. Com Rafa a ser o homem mais adiantado, João Mário e Di María aturam nas alas. A dupla de meio-campo foi formada por João Neves e Kokçu. Aursnes apareceu numa zona ligeiramente mais adiantada. Inicialmente, a estratégia não correu bem, mas, com o avançar do jogo, a análise do treinador encarnado é de que a equipa subiu de rendimento.

“Os troféus ficam para sempre. Foi o que disse aos jogadores antes dos jogo. Quando se olha para trás na carreira, fala-se sempre em troféus. É apenas a Supertaça, não é o troféu mais importante. Quando se joga assim contra o nosso rival, uma equipa muito boa, o valor da Supertaça é um pouco maior. Foi um jogo de futebol muito bom. A primeira parte foi muito dura para nós. O FC Porto esteve muito bem, pressionou-nos alto e jogou com muita intensidade. Criaram-nos problemas para encontrarmos soluções”, analisou. “Os meus jogadores mostraram capacidade de sofrimento para defenderem perto da área nos momentos difíceis. Após os 30 minutos, melhorámos e, a seguir ao intervalo, o domínio mudou completamente”.

No final dos primeiros 45 minutos, Roger Schmidt abdicou da frente de ataque móvel e lançou Musa para que o croata servisse como referência ofensiva. O ponta de lança acabou mesmo por conseguir marcar. “Na segunda parte, o Musa esteve muito bem como referência”, ainda que o técnico considere que “as substituições ajudaram, mas não foram decisivas”, uma vez que foi o meio-campo que passou a funcionar melhor e a recuperar mais bolas.

No lado esquerdo da defesa, o treinador alemão optou por deixar o reforço David Jurásek no banco, optando por recorrer a Mihailo Ristic para o onze inicial. A grande surpresa na convocatória, foi a ausência de David Neres que nem no banco de suplentes se sentou. Schmidt explicou o brasileiro está a contas com um “pequeno problema no joelho”, mas que espera contar com o extremo para a estreia no Campeonato.

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