Portugal era o 33.º país com mais milionários — pessoas com riqueza superior a um milhão de dólares (915 mil euros) — no ano passado, de acordo com o ranking do relatório anual do Crédit Suisse sobre a riqueza mundial. Este número cresceu face à edição de 2021, de 159.000 para 167.450 pessoas, mas o país caiu um lugar no ranking mundial ao ser ultrapassado pelo Irão.

O levantamento feito neste relatório divide os “milionários” em várias categorias de rendimento. Entre um milhão e cinco milhões de dólares, Portugal tinha 159 mil pessoas. Este número até é superior ao registado no mesmo intervalo pela Irlanda, mas a Irlanda tem mais pessoas com rendimentos acima dos cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros).

Em Portugal, foram registados seis mil indivíduos com fortuna entre os cinco e os 10 milhões de dólares (9,1 milhões de euros). Pouco mais de dois mil tinham uma fortuna avaliada entre os 10 e os 50 milhões de dólares (45,7 milhões de euros), 57 estavam no patamar até aos 100 milhões de dólares (91,5 milhões de euros), 42 tinham património até 500 milhões de dólares (458 milhões de euros). Apenas nove pessoas tinham uma fortuna superior a 500 milhões de dólares.

Abaixo de Portugal no número total de milionários estavam países como a Finlândia, a Grécia e a Polónia, mas quando focamos o universo dos muito ricos, acima dos 100 milhões de dólares, temos um dos números mais baixos desta lista de 49 países.

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A riqueza global caiu em 2022, pela primeira vez em quatro anos, para 454 biliões de dólares, penalizada pela valorização do dólar e pela inflação, com 1% da população a concentrar quase 45% da riqueza, segundo o Credit Suisse. O relatório anual do banco revelou que os ativos não financeiros foram os que responderam melhor à pressão, nomeadamente o mercado imobiliário, que apresentou preços estáveis.

A riqueza mundial fixou-se assim em 454,4 biliões de dólares (cerca de 415,5 biliões de euros) em 2022.

No ano anterior, a riqueza global tinha ascendido 9,8%. Por sua vez, a desigualdade caiu ligeiramente, com 1% da população a acumular 44,5% da riqueza, sendo que em 2021 esta percentagem estava em 45%.

Esta descida da riqueza mundial concentrou-se na América do Norte e na Europa.

No sentido oposto, em economias como a do Brasil, México, Índia e Rússia verificou-se um aumento da riqueza. O mesmo relatório, que é produzido há 14 anos belo banco, que integra o suíço UBS, estima ainda que a riqueza global vai crescer 38% nos próximos cinco anos.