Foram divulgadas imagens na plataforma do Metro de Lisboa nesta quinta-feira, nas quais é possível ver como serão três das quatro novas estações da Linha Vermelha do metro de Lisboa, que ligará São Sebastião a Alcântara, a parte ocidental da cidade.
O investimento no transporte, cujo concurso teve início a 27 de janeiro de 2023, vai servir zonas com uma significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como de grande reabilitação urbanística, nomeadamente a zona de Alcântara.
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Cerca de 4 quilómetros de linha de rede serão prolongados na Linha Vermelha, que passa a abranger quatro novas estações: Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, onde fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).
Na zona de Campolide/Amoreiras a estação, ao longo da Rua Conselheiro Fernando Sousa, próximo do cruzamento desta com a Av. Engenheiro Duarte Pacheco, terá uma profundidade de 18.5 metros.
Esta zona terá cinco pontos de acesso: os acessos 1 e 2 ficarão na Rua Conselheiro Fernando de Sousa; o acesso 3 na Av. Eng.º Duarte Pacheco; o acesso 4 junto ao complexo composto pelo Centro Comercial Amoreiras; e o acesso 5 na Rua das Amoreiras. A ligação entre o acesso 4 e 5 ao corpo da estação será feita através de um túnel de ligação em cota inferior à passagem de nível existente.
Em Campo de Ourique a estação, no Jardim Teófilo Braga/Jardim da Parada, terá uma profundidade de 31 metros. Quando abrir ao público, dois elevadores serão as únicas estruturas emergentes no Jardim da Parada e ficarão localizados onde atualmente se encontram as instalações sanitárias. Irá apresentar dois pontos de acesso: o primeiro, na Rua Almeida e Sousa, próximo do cruzamento da Rua Ferreira Borges; o segundo na Rua Francisco Metrass.
Na Infante Santo, os acessos à estação serão feitos entre a Av. Infante Santo e a Calçada das Necessidades, que terá uma profundidade de 29,5 metros.
Como em Campo de Ourique, também terá dois pontos de acesso: o primeiro na Av. Infante Santo, e tirará partido do desnível natural da avenida; o segundo na zona alta da Infante Santo. Neste, irão ser implementadas uma escada pedonal e duas escadas mecânicas.
A operacionalização desta extensão da Linha Vermelha do metro exigirá que, conforme previsto no investimento em vias de contratualização com a Missão Recuperar Portugal, seja instalado o novo sistema de sinalização (CBTC – Communications-based train control) entre as estações Oriente e São Sebastião, bem como a instalação do referido sistema de sinalização em 41 unidades triplas existentes, no valor global de 24 milhões de euros, informa o Metropolitano na plataforma.
O investimento calculado neste prolongamento da Linha Vermelha encontra-se previsto no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026 e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros. Considerando a análise a 30 anos, os benefícios gerados por este projeto deverão ascender a 1.047 milhões de euros.
O Metropolitano de Lisboa prevê que a extensão da Linha Vermelha seja uma realidade em 2025/2026.