O rei da Tailândia, Rama X, investiu esta quarta-feira como primeiro-ministro o empresário Srettha Thavisin, em Banguecoque, na sede do seu partido, o Pheu Thai, num contexto político dificultado pela sua aliança com os generais.

O promotor imobiliário, de 61 anos, tornou-se oficialmente no primeiro chefe de governo da sociedade civil tailandesa desde o golpe de Estado de 2014, um dia após ser nomeado por deputados e senadores no Parlamento do país.

Com pouca experiência na política, Thavisin sucede ao general Paryut Chan-O-Cha, que deixa para trás um reino dividido e com profundas desigualdades.

O novo primeiro-ministro mostrou-se confiante na “mudança” e prometeu relançar o crescimento do país, mas o seu programa assenta numa frágil coligação entre grupos pró-democráticos e pró-exército que excluiu a principal força na assembleia, o Move Forward.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta aliança permitiu o regresso do exílio ao antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que esteve na origem do movimento Pheu Thai, em troca da manutenção dos militares no governo, apesar da sua derrota eleitoral.

Após 15 anos no estrangeiro, o multimilionário, de 74 anos, regressou a Banguecoque na terça-feira, onde foi preso por uma série de condenações em casos de corrupção, mas o regresso do Pheu Thai ao poder pode valer-lhe uma redução da pena de oito anos de prisão.

A tomada de posse de Srettha deu origem a diversas mensagens de felicitações, incluído do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.