Luís Freire tinha recordado que o Rio Ave tinha ganho apenas duas vezes em 33 encontros realizados em casa frente ao FC Porto (três, no total de 69 jogos oficiais entre ambos para todas as provas) para relativizar aquilo que tinha sido o sucesso da última temporada, naquela que Sérgio Conceição considerou ter sido “a pior primeira parte” desde que assumira o comando da equipa azul e branca. No entanto, e mais uma vez, o conjunto de Vila do Conde conseguiu dar uma boa resposta e estava mesmo na frente do marcador em cima do minuto 90, altura em que os dragões iniciaram a reviravolta. No final, entre elogios ao que foi bem feito e o assumir de alguma quebra física, o técnico apontou também à arbitragem de Fábio Veríssimo.
“Temos de valorizar o que foi bem feito. Batemo-nos contra o FC Porto, não é fácil. Na primeira parte estivemos contra o vento e foi um jogo muito equilibrado. O FC Porto não fez um remate direcionado à baliza na primeira parte, o guarda-redes não faz uma defesa. O Rio Ave também não conseguiu criar grandes oportunidades. Tivemos uma atitude muito forte na pressão a tentar condicionar o jogo do FC Porto e conseguimos. Sabíamos que o espaço podia aparecer na segunda parte. Nestes jogos com muita intensidade, as equipas grandes normalmente começam a dar mais espaço. Entrámos fortes, conseguimos começar a mandar mais no jogo e fizemos o nosso golo com mérito. O FC Porto começou a equilibrar, teve uma reação boa ao golo, apesar de não criar perigo até ao fim”, começou por dizer na flash interview da SportTV.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
“A primeira parte fica marcada com expulsão clara de Eustáquio, que aos sete minutos tem de estar na rua. Na segunda parte outra houve expulsão clara [de Danny Namaso] sobre Aderllan Santos, que abre a cabeça. Vai com a mão, nem sequer é cabeça com cabeça. Mais um lance que não foi avisado pelo árbitro. O jogo começou a cair muito para o FC Porto. Nós, com deficiências físicas, tivemos de fazer alterações porque o ritmo foi muito alto”, prosseguiu Luís Freire, antes de considerar os golos da reviravolta legais.
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“O FC Porto, com o mérito que tem, consegue arriscar no plano mais ofensivo e consegue marcar os dois golos. Nada a dizer. O lance do penálti é penálti. Os golos são limpos. É difícil ganhar ao FC Porto em condições normais, ganhar duas vezes é muitíssimo difícil. Estivemos muito perto. Há que valorizar o que foi bem feito. Todos nós temos de estar muito atentos o jogo todo. Na parte final, os meus jogadores e nós treinadores temos de estar mais atentos para segurar este resultado. Todas as equipas têm de estar mais atentas e ter coragem como nós tivemos desde o primeiro minuto. Não foi fácil o final gerir devido às carências físicas de alguns jogadores mas fomos muito bravos. Só levámos o jogo até ao fim porque tivemos mérito. O FC Porto é fortíssimo, não é fácil ganhar-lhe. Tentámos e fizemos o nosso máximo”, concluiu.
3.º ⚽ golo de Costinha esta época, o 1.º no campeonato – já tinha bisado frente ao Ac. Viseu, na Taça da Liga
⚠Costinha já igualou o registo de golos marcados em cada uma das 2 últimas épocas pic.twitter.com/LHlFpAdz7E
— Playmaker (@playmaker_PT) August 28, 2023