(Em atualização)
O Produto Interno Bruto (PIB) estagnou no segundo trimestre do ano face ao trimestre anterior, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já em termos homólogos, subiu 2,3%.
“Comparando com o 1º trimestre de 2023, o PIB registou uma taxa de variação nula, após um crescimento em cadeia de 1,6% no trimestre anterior”, escreve o INE, que aponta para um efeito negativo da procura externa líquida para a variação (-0,4 p.p.), “em consequência da diminuição das exportações“. Já o contributo da procura interna foi positivo, “passando de -0,7 p.p. no 1º trimestre para +0,4 p.p., refletindo a aceleração do consumo privado e uma diminuição menos intensa do investimento“.
Segundo o INE, a procura interna subiu 0,4% no segundo trimestre, em cadeia, uma subida que é anulada pela diminuição da procura externa líquida, em 0,4%. Tanto as exportações como as importações diminuíram, mas a queda das primeiras foi superior (2,3%) à das segundas (1,6%). A estagnação do PIB acontece depois de um crescimento em cadeia de 1,6% no trimestre anterior que surpreendeu muitos economistas.
As despesas das famílias subiram 0,6% em cadeia, acelerando face à variação de 0,2% no trimestre anterior, à boleia das despesas em bens não duradouros e serviços (que aumentam 0,7%), enquanto a componente de bens duradouros estagnou (face aos 8% do primeiro trimestre).
O investimento total diminuiu 0,5%, com a formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) a derrapar 1,6%.
A estagnação é, também, explicada pela queda das exportações, em cadeia, de 2,3%, depois de um forte crescimento no trimestre anterior de 6,1%. A componente de bens registou uma diminuição de 0,6% e a componente dos serviços recuou 5,4%.
Já as importações totais registaram uma variação em cadeia de -1,6%, após a subida de 1% no primeiro trimestre), com um decréscimo de 2,2% na componente de bens e um aumento de 1,4% na componente de serviços (taxas de +1,8% e -3,2% no 1.º trimestre, respetivamente).