Uma medalha de ouro com qualificação olímpica que foi o terceiro título da carreira na distância rainha que mais gosta do K1 1.000, mais uma prata no K1 5.000, antes um bronze no K1 500. Apesar de ter sido alvo de alguns contratempos na preparação para os Campeonatos do Mundo de velocidade em Duisburgo, Fernando Pimenta conseguiu concretizar todos os objetivos que levava com esse bónus de ter voltado a ganhar no K1 1.000 e sair da Alemanha com três medalhas. Para um qualquer atleta, esse poderia ser quase uma espécie de desacelerar para o que se seguia até ao final do ano; para o medalhado olímpico, foi só uma motivação.

Bronze na sexta, ouro no sábado, prata no domingo: Fernando Pimenta é vice-campeão mundial em K1 5.000

Após ter feito um investimento maior em 2022 nos Mundiais de maratona que se realizavam na sua terra, Ponte de Lima, Pimenta não quis deixar de prolongar aquilo que tinha feito e chegou a Vejen, na Dinamarca, com vontade de pelo menos alcançar a revalidação dos títulos conseguidos no ano passado. Além de mostrar que é um atleta completo, que tão depressa consegue ser rápido no K1 500 como campeão em K1 1.000 como especialista em K1 5.000 e longas distâncias, o facto de haver mais conquistas por alcançar eram como uma faísca para despertar o instinto competitivo do português. Agora, voltava a lutar por uma medalha.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Fernando Pimenta campeão do Mundo na short race de maratonas

Em dupla com José Ramalho no K2, atleta que ficara com a conquista de uma medalha “atravessada” ao ficar no quarto lugar em K1 atrás do dinamarquês Mads Pedersen, do sul-africano Andrew Birkett e do norueguês Eivind Vold (em 2022 conseguira a medalha de prata atrás do africano), Fernando Pimenta procurava chegar à segunda medalha em Jels já depois de ter revalidado o título mundial na short race batendo Mads Pedersen e Eivind Vold numa corrida onde Ramalho foi quinto – e o objetivo era revalidar o ouro de 2022.

E vão sete: Fernando Pimenta e José Ramalho conquistam medalha de ouro em K2 nos Mundiais de maratonas de canoagem

A embarcação nacional, que esteve sempre nos lugares cimeiros e passou pela última portagem na frente, conquistou a vitória com o tempo de 1.54.35,11, ganhando em cima da meta à França (Quentin Urban e Jeremy Candy, 1.54.35,89) e à Noruega (Jon Vold e Eivind Vold, 1.54.36,42). Seguiram-se a Dinamarca (Soren Maretti e Philip Knudsen, 1.54.44,30), a Espanha (Jose Julian e Adrian Martín, 1.54.53,93) e a Hungria (Adrian Boros e Bruno Kolozsvari, 1.54.57,87). A outra embarcação espanhola composta por Miguel Llorens e Alberto Plaza, que em 2022 tinha ganho a medalha de prata, acabou agora no oitavo lugar.