O FC Porto pediu a anulação do jogo com o Arouca, que terminou com um a empate 1-1, por alegada “má conduta da equipa de arbitragem”. Em comunicado publicado no seu site oficial pouco depois do final da partida, o clube anunciou ter enviado um protesto aos delegados da Liga a contestar o resultado.

Esta medida tem como fundamento a atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi”, pode ler-se.

Em causa está o momento em que Miguel Nogueira, o árbitro da partida, reverteu a decisão de marcar grande penalidade por uma suposta falta cometida pelo avançado Mehdi Taremi — uma decisão tomada depois de, sem acesso às imagens vindas da Cidade do Futebol, ter estado vários minutos ao telefone com o vídeo-árbitro (VAR) do encontro.

Cristo entrou em campo e os santos caíram do andor (a crónica do FC Porto-Arouca)

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Dizem os dragões que o momento em causa “constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro”.

Em comunicado, o Conselho de Arbitragem abordou o sucedido, explicando a chamada telefónica com o facto de ter havido uma “quebra de comunicação áudio e vídeo” entre o Miguel Nogueira e o VAR, que foi resolvido “durante o período de compensação” do jogo. “A quebra de comunicação será analisada do ponto de vista técnico e as conclusões tornadas públicas” pode ler-se.

O FC Porto, recorde-se, esteve a perder, acabando por empatar o jogo já para lá dos 17 minutos de compensação dados pelo árbitro, marcado por Evanilson aos 90+19. Os dragões beneficiaram ainda de um penálti — marcado já depois da grande penalidade anulala a Taremi — que foi defendida pelo guarda-redes do Arouca.

A atuação do árbitro não mereceu apenas críticas do lado dos azuis e brancos. Depois do final do jogo, e antes do pedido de anulação anunciado pelo FC Porto, Cristo González, extremo que marcou o golo que colocou o Arouca na frente do marcador, teceu críticas à duração do tempo de compensação decretado. “Que me lembre, na minha vida, creio que nunca vi 20 minutos de descontos, é a primeira vez que vejo. Foi assim que o árbitro decidiu”, lamentou.