O Ministério da Economia esteve na quinta-feira, 7 de setembro, reunido com a Volkswagen e as duas associações representativas do setor automóvel — a AFIA (componentes) e a ACAP (produtores e comercializadores). “Foi uma reunião de trabalho”, disse ao Observador fonte oficial do gabinete de António Costa Silva não fazendo mais comentários. Mas ao Negócios, Costa Silva diz ter sido “muito construtiva”.

Era uma reunião, conforme o ministro da Economia já tinha dito, para tentar aproximar a Autoeuropa de fornecedores de componentes, na expectativa de poder ser encontrada alternativa para a compra do elemento que a Volkswagen adquire a uma empresa eslovena e que teve de parar a produção devido às cheias no país. Com isso, a Autoeuropa anunciou a paragem por nove semanas da fábrica de Palmela, avançando para o regime de layoff durante esse período, ainda que a empresa se comprometa a cobrir parte da perda salarial que isso comporta.

Acordo na Autoeuropa prevê perda de 5% dos salários devido à paragem

Ao Jornal de Negócios, o ministro da Economia resumiu a reunião de quinta-feira como “importante e muito construtiva”, garantindo ter visto “disponibilidade de todas as partes para trabalharem mais de perto e em conjunto”. Ao mesmo jornal Costa Silva diz que “o que ficou estabelecido foram vias de contacto entre a Autoeuropa e a nossa indústria de componentes para trabalharem juntas não só agora, neste problema de curto prazo, mas fundamentalmente a médio e longo prazo para incorporar mais a nossa indústria de componentes em tudo o que é o sistema produtivo nacional”.

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