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Rotulados de “ultra-secretos” e com o emblema das Brigadas al-Qassam do Hamas, foram descobertos documentos que mostram os planos detalhados do ataque realizado contra Israel. Nas várias páginas há indicações sobre ações contra escolas no kibbutz de Kfar Aza e ordens para “matar o maior número possível” de pessoas, fazer reféns e levá-los para a Faixa de Gaza.
Segundo a NBC News, os documentos foram encontrados junto aos corpos dos militantes do Hamas pelo grupo de voluntários South First Responders, que se dedica a recuperar os corpos dos israelitas mortos no ataque de 7 de outubro. O grupo partilhou a descoberta no Telegram: as páginas dos documentos indicam ordens para que duas unidades altamente treinadas do grupo islamita cerquem e se infiltrem em aldeias, atacando os civis, incluindo mulheres e crianças.
As páginas referem que a “Unidade de Combate 1” teria como objetivo “conter a nova escola Da’at”, enquanto a “Unidade de Combate 2” iria “recolher reféns, revistar o centro juvenil Bnei Akiva e a antiga escola Da’at”.
Intitulado “Manobra ultra-secreta”, um dos planos implicava proteger o lado leste de Kfar Sa’ad, enquanto uma segunda unidade do Hamas controlava o lado oeste. Outras ordens incluem cercar um refeitório e manter reféns lá dentro. Os documentos descrevem ainda o número e o tipo de veículos que cada grupo iria utilizar.
Em relação à página reproduzida abaixo, o grupo South First Responders explica no Telegram que se trata do “plano de ataque” ao kibutz de Mefalsim, a cerca de 1,5 quilómetros da Faixa de Gaza, e que inclui mapas e pormenores sobre quais seriam os movimentos naquela área. O grupo indica ainda que o plano é composto por um comandante e dois esquadrões de cinco homens. “A página também sugere que esta é a ‘fase A’ do ataque”, pode ler-se na publicação.
De acordo com uma fonte do exército israelita à NBC, os documentos mostram que o Hamas tem vindo a recolher sistematicamente informações sobre cada kibutz que faz fronteira com Gaza e a criar planos de ataque específicos para cada aldeia, que incluem ter como alvos mulheres e crianças. Na página principal surge a data “outubro de 2022”, o que sugere que o grupo pode ter planeado o ataque com um ano de antecedência.
As autoridades israelitas estão agora a analisar a descoberta, no entanto, o canal norte-americano indica que os vídeos dos militantes do Hamas a entrar no dia a 7 de outubro num dos kibutz estudados revelam táticas semelhantes às detalhadas nos documentos.