Os dois primeiros do Campeonato a par do Sp. Tomar só com vitórias nas três jornadas iniciais, os dois que foram finalistas da última competição, os dois que começaram a temporada com mais uma final da Elite Cup. Apenas uma semana depois do primeiro clássico da época com vitória do Benfica frente ao FC Porto (e a uma semana de novo jogo grande do Sporting no Dragão Arena), era a vez do dérbi no Pavilhão João Rocha com os leões a tentarem vingar os dois últimos desaires em decisões com os encarnados e as águias à procura de prolongarem o bom momento desde o início de 2023/24 no regresso ao palco da conquista do título.

A 24.ª vez, a primeira desde 2016, o triunfo em quatro jogos: Benfica volta a vencer Sporting e é campeão de hóquei em patins

“Temos moral devido aos últimos resultados, por termos conseguido três vitórias, e motivação porque vamos defrontar o campeão nacional, com o qual perdemos a final da Elite Cup. O Benfica é um rival duro e com muitos argumentos mas estamos bem preparados. Os pormenores são as bolas paradas e a eficácia neste capítulo, tanto a defender como a atacar, bem como os duelos individuais. Em ambas as equipas há muitos jogadores com capacidades reais de desequilibrar e que são capazes de decidir um jogo. Os jogadores têm mostrado capacidade de resiliência e o espírito. É isso que me tem apaixonado nesta equipa e no clube. Este é o ADN do Sporting, um clube de lutadores e que em qualquer cenário consegue dar a volta como voltou a acontecer por exemplo esta semana no basquetebol”, comentara Alejandro Domínguez, treinador dos leões, fazendo alusão ao triunfo verde e branco na FIBA Europe Cup com os húngaros do Alba Fehérvár.

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“Quando temos playoffs no final, estes encontros são sempre constantes. Ao longo da época temos de ir batalhando, no bom sentido, nove, dez ou 11 vezes com adversários diretos. É essa a competitividade e a espectacularidade do hóquei em patins e encaramos isso com bons olhos para mais um excelente jogo. É mais um jogo que encaramos a pensar na vitória, reconhecendo a qualidade do adversário, numa pista super difícil e com um adversário muito competente. Como mostrámos no ano passado, em que disputámos bem todos os jogos, não é uma missão impossível”, destacara Pedro Henriques, guarda-redes das águias, recordando os triunfos conseguidos em 2022/23 no Pavilhão João Rocha, incluindo o que deu o título.

Agora, depois de quatro vitórias do Benfica nos últimos cinco dérbis contando com a final a quatro jogos da última temporada e a decisão da Elite Cup a abrir a nova época, o Sporting conseguiu a desforra frente ao rival a jogar em casa, vencendo por 3-2 e isolando-se à condição no primeiro lugar do Campeonato (o Sp. Tomar só joga no domingo em casa com o Riba d’Ave) antes de novo jogo grande frente ao FC Porto.

O jogo começou com um cartão azul muito cedo para Lucas Ordóñez por falta sobre João Souto logo aos três minutos, com o avançado leonino a permitir depois a defesa do livre direto a Pedro Henriques antes de um período em power play que também não trouxe golos para o conjunto da casa. Toni Pérez e Nil Roca veriam pouco depois também azul em simultâneo, sendo que as oportunidades sucediam-se sem eficácia até chegar o 1-0 por Rafael Bessa, aproveitando uma perda de bola dos encarnados no ataque que deu uma situação de 3×2 (15′). A partir daí, o Benfica cresceu, foi em busca do empate com Ângelo Girão a ser um autêntico muro na baliza verde e branca e foi o Sporting a aumentar a vantagem perto do intervalo por Nolito Romero, num remate de meia distância sem hipóteses para Pedro Henriques que fixou o 2-0 no descanso (23′).

O segundo tempo começou a todo o gás, com Girão a evitar com duas intervenções “impossíveis” o golo dos encarnados e João Souto na resposta a acertar no ferro. O golo parecia iminente numa das balizas, sendo que a tal eficácia na bola parada que Domínguez tinha pedido acabou mesmo por aparecer com Romero a bisar de livre direto após a décima falta do Benfica (35′). Com o 3-0, os leões tinham o jogo na mão mas um golo de Gonçalo Pinto pouco depois num lance confuso na área verde e branca (37′) e a décima falta dos visitados deu a Carlos Nicolia a possibilidade de reduzir a oito minutos do final mas Girão travou o remate do argentino. Até ao final, Romero falhou um livre direto após cartão azul a Roberto Di Benedetto (44′), Ordóñez acertou no poste (47′) e fez mesmo o 3-2 de penálti a seguir que acabaria mesmo por manter-se até ao final apesar de um livre direto de Rafael Bessa pela 15.ª falta dos encarnados que acertou no poste (49′).