Os dois primeiros do Campeonato a par do Sp. Tomar só com vitórias nas três jornadas iniciais, os dois que foram finalistas da última competição, os dois que começaram a temporada com mais uma final da Elite Cup. Apenas uma semana depois do primeiro clássico da época com vitória do Benfica frente ao FC Porto (e a uma semana de novo jogo grande do Sporting no Dragão Arena), era a vez do dérbi no Pavilhão João Rocha com os leões a tentarem vingar os dois últimos desaires em decisões com os encarnados e as águias à procura de prolongarem o bom momento desde o início de 2023/24 no regresso ao palco da conquista do título.
“Temos moral devido aos últimos resultados, por termos conseguido três vitórias, e motivação porque vamos defrontar o campeão nacional, com o qual perdemos a final da Elite Cup. O Benfica é um rival duro e com muitos argumentos mas estamos bem preparados. Os pormenores são as bolas paradas e a eficácia neste capítulo, tanto a defender como a atacar, bem como os duelos individuais. Em ambas as equipas há muitos jogadores com capacidades reais de desequilibrar e que são capazes de decidir um jogo. Os jogadores têm mostrado capacidade de resiliência e o espírito. É isso que me tem apaixonado nesta equipa e no clube. Este é o ADN do Sporting, um clube de lutadores e que em qualquer cenário consegue dar a volta como voltou a acontecer por exemplo esta semana no basquetebol”, comentara Alejandro Domínguez, treinador dos leões, fazendo alusão ao triunfo verde e branco na FIBA Europe Cup com os húngaros do Alba Fehérvár.
“Quando temos playoffs no final, estes encontros são sempre constantes. Ao longo da época temos de ir batalhando, no bom sentido, nove, dez ou 11 vezes com adversários diretos. É essa a competitividade e a espectacularidade do hóquei em patins e encaramos isso com bons olhos para mais um excelente jogo. É mais um jogo que encaramos a pensar na vitória, reconhecendo a qualidade do adversário, numa pista super difícil e com um adversário muito competente. Como mostrámos no ano passado, em que disputámos bem todos os jogos, não é uma missão impossível”, destacara Pedro Henriques, guarda-redes das águias, recordando os triunfos conseguidos em 2022/23 no Pavilhão João Rocha, incluindo o que deu o título.
Agora, depois de quatro vitórias do Benfica nos últimos cinco dérbis contando com a final a quatro jogos da última temporada e a decisão da Elite Cup a abrir a nova época, o Sporting conseguiu a desforra frente ao rival a jogar em casa, vencendo por 3-2 e isolando-se à condição no primeiro lugar do Campeonato (o Sp. Tomar só joga no domingo em casa com o Riba d’Ave) antes de novo jogo grande frente ao FC Porto.
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O jogo começou com um cartão azul muito cedo para Lucas Ordóñez por falta sobre João Souto logo aos três minutos, com o avançado leonino a permitir depois a defesa do livre direto a Pedro Henriques antes de um período em power play que também não trouxe golos para o conjunto da casa. Toni Pérez e Nil Roca veriam pouco depois também azul em simultâneo, sendo que as oportunidades sucediam-se sem eficácia até chegar o 1-0 por Rafael Bessa, aproveitando uma perda de bola dos encarnados no ataque que deu uma situação de 3×2 (15′). A partir daí, o Benfica cresceu, foi em busca do empate com Ângelo Girão a ser um autêntico muro na baliza verde e branca e foi o Sporting a aumentar a vantagem perto do intervalo por Nolito Romero, num remate de meia distância sem hipóteses para Pedro Henriques que fixou o 2-0 no descanso (23′).
???????? O resumo do jogo do #HóqueiBenfica vs. Sporting CP, na 4.ª jornada do Campeonato Nacional.#KellyPortugal #GTC #Laso #Azemad @adidas pic.twitter.com/zUrbDGmkKj
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O segundo tempo começou a todo o gás, com Girão a evitar com duas intervenções “impossíveis” o golo dos encarnados e João Souto na resposta a acertar no ferro. O golo parecia iminente numa das balizas, sendo que a tal eficácia na bola parada que Domínguez tinha pedido acabou mesmo por aparecer com Romero a bisar de livre direto após a décima falta do Benfica (35′). Com o 3-0, os leões tinham o jogo na mão mas um golo de Gonçalo Pinto pouco depois num lance confuso na área verde e branca (37′) e a décima falta dos visitados deu a Carlos Nicolia a possibilidade de reduzir a oito minutos do final mas Girão travou o remate do argentino. Até ao final, Romero falhou um livre direto após cartão azul a Roberto Di Benedetto (44′), Ordóñez acertou no poste (47′) e fez mesmo o 3-2 de penálti a seguir que acabaria mesmo por manter-se até ao final apesar de um livre direto de Rafael Bessa pela 15.ª falta dos encarnados que acertou no poste (49′).
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