Causou estranheza o onze inicial que o treinador do Sporting, Rúben Amorim, escalou para defrontar o Olivais e Moscavide na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, nomeadamente pela ausência de alguém para cumprir a função de lateral-esquerdo. Surgia então a hipótese de ser Matheus Reis a desempenhar o papel numa defesa a quatro, o que acabou por não se verificar. O técnico leonino não abdicou do 3x4x3 habitual, mas, desta vez, utilizou Pedro Gonçalves junto ao corredor e o balanço não foi positivo.

“Não coreu bem”, admitiu Rúben Amorim que retirou a responsabilidade dos ombros do jogador. “É sinal que o treinador tem que trabalhar mais, porque ele tem capacidade para jogar até a central. A culpa não é só dele”. Na segunda parte, após passar despercebido no jogo, Pedro Gonçalves acabou por sair, dando lugar a Nuno Santos, jogador mais habituado a ocupar aquele lugar.

“O Pote não esteve bem quando tinha que decidir com a bola e ele sentiu isso no jogo. Irá passar lá mais vezes. O Olivais e Moscavide não costuma jogar numa linha de cinco e por isso é que ele esteve um bocadinho mais baixo, porque teve que acompanhar o lateral. Preparámos uma equipa com uma saída a quatro e com o Pote a jogar como médio esquerdo como muitas vezes faz o Nuno Santos e o Geny. É um jogador que tem muita capacidade de ir fora e para dentro e de servir bem os colegas, é forte nos cruzamentos, é forte a decidir como sempre foi. Teve um dia mau”, analisou o treinador do Sporting.

Quanto ao jogo que os leões venceram por 1-3, Amorim não ficou particularmente satisfeito. “Entrámos desligados e sofremos um golo. Quando sofremos um golo, ficámos ligados demais, muito ansiosos, a querer ir para a baliza de qualquer maneira e não a fazer aquilo que temos que fazer”, afirmou. “O segredo esteve na qualidade dos jogadores, a diferença é muito grande. A concentração dos jogadores do Olivais e Moscavide foi maior”.

Apesar de reconhecer que “a diferença devia ser maior no resultado”, Rúben Amorim teve motivos para sair animado do Estádio José Gomes. St.Juste voltou à competição após ter recuperado de problemas físicos. “Fez um bom jogo, mas nota-se que está sem ritmo”, disse o técnico. “É um jogador de que precisamos muito”. Por outro lado, Fresneda voltou a ter oportunidade de jogar no corredor direito. “Os sportinguistas não podem ficar desiludidos, o Fresneda é um jogador que muita gente queria”, relembrou após críticas à exibição dos espanhol.

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