Setembro não foi um mês fácil para a Roma. A equipa de José Mourinho começou por perder com o AC Milan, goleando depois o Empoli e vencendo o Sheriff na Liga Europa, mas empatou com o Torino e foi humilhada em Génova. Outubro chegou em boa hora, garantindo cinco triunfos consecutivos entre Frosinone, Servette, Cagliari, Monza e Slavia Praga — algo que fazia com que os giallorossi chegassem à visita ao Inter Milão no melhor momento da atual temporada.
José Mourinho foi expulso contra o Monza, o que significava que não estava no banco de suplentes a orientar a equipa no Giuseppe Meazza, mas foi a tempo de criticar a atuação dos árbitros italianos em relação a ele mesmo. “Vendo outras situações, acho que há dois pesos e duas medidas contra mim. Embora não saiba porquê”, explicou o treinador português, antes de comentar o regresso de Lukaku a Milão, onde o avançado belga conquistou a Serie A, a Taça de Itália e a Supertaça italiana, chegando ainda à final da Liga dos Campeões.
A big challenge awaits. ⚔️ #ASRoma | #InterRoma
— AS Roma English (@ASRomaEN) October 29, 2023
“Eu não sabia que ele era tão importante em Milão, onde ganhou um Scudetto e acho que algumas Taças, algo que na história do Inter cerca de 200 jogadores fizeram. Quer dizer, não pensei que ele fosse assim tão importante para eles. A transferência do Lukaku do Inter para a Roma é um drama, enquanto que o Çalhanoğlu do AC Milan para o Inter é uma maravilha, o Cannavaro da Juventus para o Inter não é um problema, assim como o Vieri do Inter para o AC Milan. É por isso que digo que é uma surpresa para mim o facto de o Lukaku ter um papel tão importante na história do Inter”, atirou Mourinho.
Contudo, a importância de Lukaku na história do Inter era notória. Antes do jogo, as claques dos italianos distribuíram cerca de 40 mil apitos pelas bancadas para que os assobios ao avançado belga fossem claros e audíveis — e foram, sempre que o jogador tocou na bola. Neste contexto e com Dybala lesionado, Mourinho lançava Lukaku e Il Faraone no ataque, apoiados por Bove, Paredes e Cristante no meio-campo, enquanto que Simone Inzaghi apostava em Lautaro e Marcus Thuram e deixava Frattesi e Alexis Sánchez no banco.
A primeira parte terminou sem golos, ainda que a superioridade do Inter Milão fosse evidente e a Roma tivesse muitas dificuldades para contrariar as dinâmicas do líder da Serie A. Simone Inzaghi mexeu logo no início do segundo tempo, trocando Pavard por Darmian, e Marcus Thuram ficou muito perto de abrir o marcador com um cabeceamento por cima da trave (48′). A equipa de José Mourinho conseguiu equilibrar o jogo na segunda parte, chegando mais perto da baliza de Yan Sommer e contrariando o ímpeto ofensivo do adversário, mas o quase inevitável surgiu já nos últimos 10 minutos.
O recém-entrado Asllani abriu na esquerda, Dimarco cruzou para a grande área e Thuram, na cara de Rui Patrício, desviou para bater o guarda-redes português (81′). Mourinho reagiu com as entradas de Aouar e Belotti, já depois de ter lançado Çelik, Carlos Augusto ainda acertou na trave à procura de aumentar a vantagem (90′), mas nada mudou: o Inter Milão venceu a Roma e quebrou a série de cinco vitórias consecutivas dos giallorossi, que estão agora no 8.º lugar da Serie A a 11 pontos de liderança do conjunto de Inzaghi.
A big and fully deserved home W. ????
Powered by @Moncler#ForzaInter #InterRoma pic.twitter.com/8qJXundRa2
— Inter ⭐⭐ (@Inter_en) October 29, 2023