Os rebeldes Houthis do Iémen anunciaram, esta segunda-feira, o lançamento de uma nova vaga de ataques com drones contra alvos em Israel que, segundo o movimento xiita, provocaram a suspensão das atividades em algumas bases e aeroportos do país.
O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, disse na rede X que os insurgentes “lançaram um conjunto de ‘drones’ durante as últimas horas contra alvos diferentes e sensíveis do inimigo israelita nos territórios ocupados”, referindo-se a Israel. “Como resultado da operação, a atividade foi interrompida nas bases e aeroportos que foram alvo de ataques durante várias horas”, afirmou na mesma rede social.
Sarea indicou que os Houthis continuarão as suas “operações militares qualitativas em apoio ao povo palestiniano oprimido até que a brutal agressão israelita” na Faixa de Gaza esteja ultrapassada.
Esta nova ação surge quase uma semana depois de os rebeldes terem reivindicado outros três ataques com mísseis e drones contra Israel, embora o Exército israelita tenha informado que os seus sistemas de defesa intercetaram um “alvo aéreo” que se dirigia para o seu território.
Depois, Israel acusou formalmente os rebeldes Houthi do Iémen de lançarem “mísseis e drones” que visavam o seu território, mas que atingiram duas cidades turísticas no Egito, perto da fronteira, ferindo pelo menos seis pessoas.
O Exército israelita anunciou posteriormente que estava a reforçar a segurança na zona do Mar Vermelho com navios da Marinha, depois de ter frustrado vários ataques do grupo xiita iemenita.
Os Houthis iemenitas alertaram em diversas ocasiões que “não ficarão de braços cruzados face à guerra genocida” na Faixa de Gaza, desde o início do novo conflito israelo-palestiniano, alertando que “cruzar as linhas vermelhas força o Iémen a cumprir o seu dever religioso e de princípio”.