De interrompida passou a suspensa, de suspensa pode passar a cancelada. A Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto, agora agendada para o próximo dia 20 de novembro após os desacatos da passada segunda-feira, pode mesmo ficar sem efeito: de acordo com o jornal Record, a estrutura dos dragões está a ponderar retirar de apreciação dos sócios a revisão estatutária prevista, deixando assim esvaziada a reunião magna que tinha sido convocada.
De recordar que a Assembleia-Geral Extraordinária tinha sido convocada precisamente para apreciação e votação da revisão estatutária realizada por um grupo de trabalho do Conselho Superior do FC Porto. A confirmar-se o recuo, os atuais estatutos do clube vão manter-se em vigor até à convocação de uma nova Assembleia-Geral — provavelmente já depois do próximo ato eleitoral, que deve acontecer em abril de 2024.
Ainda assim, esta é apenas uma hipótese em cima da mesa e não uma certeza, mantendo-se a reunião magna marcada para a próxima segunda-feira, 20 de novembro. O eventual cancelamento da Assembleia-Geral Extraordinária carece de um debate interno em sede própria, algo que pode passar pela reunião do Conselho Superior (cujo presidente, por inerência, é Lourenço Pinto, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral) que está agendada para esta quinta-feira.
Para ser implementada, a revisão estatutária em questão precisa de um mínimo de 75% de aprovação dos sócios presentes na Assembleia-Geral. Na passada segunda-feira, Jorge Nuno Pinto da Costa mostrou-se contra a proposta: que inclui, entre outros pontos, que um sócio com 18 anos não pode votar nas eleições mesmo que tenha mais anos de filiação na categoria júnior. Adicionalmente, o presidente do FC Porto garantiu que tinha um “acordo” com o presidente da MAG para que as eleições acontecessem mesmo em abril, já que a mesma alteração aos estatutos indica que o ato eleitoral pode decorrer até junho do próximo ano.
Também esta quarta-feira, o MaisFutebol adiantou que a petição pública que pedia a destituição de sócio de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, foi cancelada — numa altura em que já somava mais de 12 mil assinaturas em pouco mais de 24 horas. A plataforma chegou a incluir uma mensagem que indicava que a petição tinha sido retirada a pedido do autor, por “questões de segurança”, mas atualmente a página limita-se a não incluir qualquer tipo de texto.
