O exército nigeriano matou, na sexta-feira, pelo menos, 60 membros do grupo jihadista Boko Haram, num ataque aéreo contra as suas posições no estado de Borno (nordeste), confirmaram este domingo fontes militares à EFE.

“Sim, cerca de 60 terroristas do Boko Haram foram mortos na sexta-feira, numa operação aérea levada a cabo pela NAF (Força Aérea Nigeriana) em Borno”, disse, por telefone, uma fonte militar que pediu anonimato.

Segundo a mesma fonte, “os terroristas estavam reunidos nos arredores das montanhas de Mandara (perto da fronteira com os Camarões) quando foram atacados pela Força Aérea”.

“Alguns dos seus veículos operacionais foram destruídos e duas estruturas improvisadas, que utilizavam como esconderijo, foram arrasadas”, explicou.

A mesma fonte acrescentou que um dos líderes do grupo, Abu Asab, é um dos mortos e referiu que o exército continuará as suas operações para expulsar os jihadistas daquela zona das montanhas de Mandara.

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O porta-voz da Força Aérea, o general de brigada Edward Gabkwet, confirmou a morte de Asab e de vários terroristas, num comunicado divulgado este sábado, mas não especificou o número de mortos provocado pela operação aérea.

“Um avião da Força Aérea Nigeriana realizou ataques aéreos contra uma massa de terroristas num local isolado, composto por três estruturas galvanizadas no meio de várias árvores, no dia 24 de novembro de 2023”, disse Gabkwet, ao precisar que “observaram mais de cem terroristas fortemente armados”.

O norte da Nigéria é palco de ataques do grupo jihadista Boko Haram desde 2009, uma violência que se agudizou a partir de 2016, com o aparecimento do seu grupo dissidente, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, siglas em inglês).

Ambos os grupos procuram impor um Estado Islâmico na Nigéria, um país maioritariamente muçulmano no norte e predominantemente cristão no sul.

O Boko Haram e o ISWAP mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, o Chade e o Níger, segundo dados do governo e da ONU.