Na comparação com setembro, a produção caiu 3,%, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP, reguladora), ligada ao Ministério das Minas e Energia.

Os campos marítimos do horizonte petrolífero do pré-sal, que estão localizados nas águas profundas do Oceano Atlântico, voltaram a ser os principais produtores de hidrocarbonetos do país, respondendo por 76,4% de toda a produção brasileira.

A produção desses poços em outubro foi de 2,7 milhões de barris por dia, enquanto a produção de gás totalizou 114,2 milhões de metros cúbicos por dia.

O campo de Tupi, localizado na bacia marítima de Santos, no pré-sal, continuou a ser o mais importante do Brasil, com uma produção de 831 mil barris de petróleo por dia e 40,5 milhões de metros cúbicos de gás natural.

O relatório da ANP destaca ainda que as reservas localizadas em áreas marítimas foram responsáveis por 97,6% da produção de petróleo do país no mês e 86,2% do gás extraído.

A estatal brasileira Petrobras manteve a liderança no período, com uma produção média de 3,13 milhões de barris de petróleo por dia.

Em 2022, o Brasil estabeleceu um novo recorde nacional de produção de hidrocarbonetos, com uma média de 3,02 milhões de barris de petróleo por dia e uma média de 138 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

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Brasil vai juntar-se ao grupo de nações exportadoras de petróleo conhecido como OPEP+ a partir de janeiro, anunciaram na quinta-feira os ministros do Petróleo desta organização.

De acordo com as agências internacionais de notícias, o acordo entre o Brasil e a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, conhecido como OPEP+, entrará em vigor a partir de janeiro e surge numa altura em que a produção do Brasil e dos Estados Unidos impedia o cartel de controlar os preços mundiais de forma mais vigorosa.

Contactada pela agência norte-americana de notícias AP, a Presidência do Brasil não confirmou a entrada do gigante sul-americano no grupo, dizendo apenas que o convite está a ser analisado.

O inesperado anúncio faz com que o Brasil, que produz cerca de 4,5 milhões de barris de petróleo e gás por dia, se junte ao grupo constituído em 2016 pelas 13 nações da OPEP e a que se juntaram mais 10, incluindo o México e a Rússia, fazendo do Brasil o parceiro número 24.

O Brasil será, assim, o segundo membro da América Latina, a seguir à Venezuela, que conta com as maiores reservas de petróleo do mundo, apesar da crise das finanças públicas.

A OPEP é constituída pela Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela, a que se juntam mais dez aliados, entre os quais estão a Rússia, o México, o Azerbaijão e o Cazaquistão.