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Tem contrato, joga à Porto e sente o clube: Zé Pedro, o protótipo de Sérgio (a crónica do FC Porto-Casa Pia)

Este artigo tem mais de 6 meses

Depois da eliminação na Taça da Liga, dragões conseguiram vencer o Casa Pia e igualar o Sporting no topo da Liga antes do Clássico (3-1). Zé Pedro foi titular, marcou e agradeceu o voto de confiança.

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O central português repetiu a titularidade depois de já ter jogado de início contra o Estoril

Getty Images

O central português repetiu a titularidade depois de já ter jogado de início contra o Estoril

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Diz a sabedoria popular que o tempo tudo cura e dificilmente existia outra frase para explicar os últimos dias do FC Porto. A equipa de Sérgio Conceição venceu o Famalicão de forma clara no fim de semana passado, foi eliminado da Taça da Liga pelo Estoril a meio da semana e este sábado entrava em campo com a possibilidade de assumir a liderança partilhada da Liga depois da derrota do Sporting em Guimarães. Ou seja, em pouco tempo, recordava os mais distraídos que a corrida pelo título continua a fazer-se a mais de dois.

Ainda assim, a derrota contra o Estoril deixou algumas mazelas e trouxe consequências, com Sérgio Conceição a ser bastante duro com o rendimento da equipa tanto no rescaldo da partida como na antevisão da receção deste sábado ao Casa Pia. David Carmo esteve nos três golos dos estorilistas na quarta-feira, Fábio Cardoso também esteve muito abaixo do pretendido e o treinador dos dragões puxou do sentimento e das emoções habituais para recordar que para jogar no clube é preciso mais do que “ter contrato”.

Ficha de jogo

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FC Porto-Casa Pia, 3-1

13.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: João Gonçalves (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa, Jorge Sánchez, Pepe (Fábio Cardoso, 84′), Zé Pedro, João Mendes, Pepê (André Franco, 75′), Alan Varela (Marko Grujic, 58′), Stephen Eustáquio, Iván Jaime (Galeno, 58′), Evanilson (Gonçalo Borges, 75′), Taremi

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Zaidu, Danny Loader, Fran Navarro

Treinador: Sérgio Conceição

Casa Pia: Ricardo Batista, Fernando Varela, Vasco Fernandes, Zolotić, André Geraldes, Samuel Justo (Pablo Roberto, 61′), Beni (Ângelo Neto, 84′), Leonardo Lelo, Yuki Soma (Jajá, 61′), Clayton (Felippe Cardoso, 70′), Tiago Dias (Fernando Andrade, 70′)

Suplentes não utilizados: Lucas Paes, Duplexe Tchamba, João Nunes, Gaizka Larrazabal

Treinador: Pedro Moreira

Golos: Evanilson (12′), Zé Pedro (49′), Pepe (81′), Fernando Andrade (gp, 89′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Evanilson (36′), a Alan Varela (39′), Jorge Sánchez (88′), a Pablo Roberto (90+2′)

“Temos de perceber o que a equipa está a fazer e a não fazer nesses momentos do jogo de que falamos sempre. E depois perceber que o estádio de espírito e a mentalidade têm de estar sempre presentes. Depois começam a falar de mim, a dizer que estou a atacar os jogadores. Estou a atacar-me a mim. Ter contrato com o FC Porto não basta. É preciso jogar à FC Porto, é preciso ter essa mentalidade. Ter uma determinação grande no jogo, estar super focados nas tarefas ao serviço do coletivo. Isso é ser um jogador à FC Porto. E isso é para todos os outros que compõem os diferentes departamentos, incluindo a equipa técnica e o treinador. Não basta ter contrato, é preciso sentir o clube”, disse o treinador português, que cumpria este sábado o jogo 500 na Primeira Liga.

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Assim, contra o Casa Pia e sem o lesionado João Mário e o castigado Francisco Conceição, Sérgio Conceição deixava Fábio Cardoso no banco e David Carmo de fora da ficha de jogo e mantinha a titularidade de Zé Pedro, agora a jogar no eixo defensivo e ao lado de Pepe, e João Mendes na direita da defesa. Jorge Sánchez também surgia no onze inicial, na esquerda, e Iván Jaime era a grande novidade após ter regressado de lesão contra o Famalicão, com Galeno a começar no banco. Do outro lado, Pedro Moreira apostava em Clayton, Yuki Soma e Tiago Dias no setor ofensivo.

O FC Porto entrou muito bem no jogo, implementando uma velocidade e uma intensidade nas dinâmicas que não permitia ao Casa Pia responder à pressão alta do adversário. Os dragões tiveram a primeira oportunidade logo nos instantes iniciais, com Eustáquio a rematar na grande área para uma boa defesa de Ricardo Batista (3′), e o golo já não tardou. Zé Pedro recuperou a bola no meio-campo ofensivo, colocou um passe vertical perfeito em Eustáquio e o médio entrou na grande área para assistir Evanilson, que surgiu entre os centrais a desviar para a baliza (12′).

A equipa de Sérgio Conceição manteve o ritmo até à meia-hora, com o Casa Pia a mostrar-se completamente incapaz de reagir. O FC Porto exercia uma pressão alta muito eficaz e chegava depressa ao último terço com passes verticais, sendo que os lisboetas só conseguiam chegar perto da área de Diogo Costa em transições rápidas e com a exploração da profundidade. Pepê ficou muito perto de aumentar a vantagem, com um remate dentro de área que Ricardo Batista defendeu (28′), e o jogo mudou ligeiramente de figura após um lance em que Pepe teve de acelerar para travar Clayton quando o avançado seguia isolado para a baliza (30′).

A partir desse momento, que surgiu de um mau passe de João Mendes, o FC Porto refreou a ambição e quebrou o ritmo, permitindo mais espaço ao Casa Pia e recuando as linhas. A equipa de Pedro Moreira mostrou que podia fazer estragos no corredor esquerdo em duas ocasiões antes do intervalo, com Leonardo Lelo a tirar um cruzamento perigoso (40′) e Soma a obrigar Diogo Costa à primeira defesa da noite (45+1′), e os dragões percebiam que o jogo não estava tão resolvido como até podia parecer.

O FC Porto foi para o intervalo a vencer pela margem mínima e depois de meia-hora de absoluto domínio em que até poderia ter marcado mais golos, mas o Casa Pia teve 15 minutos interessantes no Dragão e não permitiu que a primeira parte fosse de autêntico sentido único. Numa ótica mais particular, Zé Pedro ia correspondendo ao voto de confiança e realizava uma exibição muito positiva, estando presente no lance do golo, e Eustáquio era claramente o elemento ‘mais’ dos dragões.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-Casa Pia:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o FC Porto repetiu a entrada forte, conseguindo aumentar a vantagem ainda dentro dos primeiros cinco minutos da segunda parte: João Mendes cobrou um canto na esquerda e Zé Pedro, no coração da grande área e quase sozinho, saltou para cabecear e bater Ricardo Batista (49′). A superioridade dos dragões era clara e notória, apesar de a pressão alta não ser tão exigente como a do primeiro tempo, e o Casa Pia só ameaçou a baliza de Diogo Costa com um remate de fora de área que o guarda-redes encaixou (55′).

Sérgio Conceição mexeu já perto da hora de jogo, trocando um fisicamente limitado Iván Jaime por Galeno e lançando Grujic para o lugar de Alan Varela, que já tinha cartão amarelo. Pedro Moreira respondeu logo depois, com as entradas de Jajá e Pablo Roberto, e Clayton teve a melhor oportunidade do Casa Pia nesta fase com um remate muito violento que acertou em cheio no poste da baliza de Diogo Costa (66′).

O jogo quebrou nos últimos 20 minutos, com o FC Porto a entrar num claro modo de gestão e o Casa Pia a aproveitar para subir as linhas e discutir a posse de bola de outra forma. Sérgio Conceição procurou recuperar o controlo com as entradas de Gonçalo Borges e André Franco, até pela fadiga clara de Pepê e Evanilson, e os dragões conseguiram mesmo chegar ao xeque-mate por intermédio de Pepe, que desviou para a baliza quase em cima da linha de golo e após nova assistência de Eustáquio (81′). Já perto dos descontos, Fernando Andrade ainda reduziu de grande penalidade após falta de Jorge Sánchez sobre Jajá (89′).

O FC Porto venceu o Casa Pia no Dragão e igualou o Sporting na liderança da Primeira Liga antes de ir a Alvalade defrontar os leões no Clássico da próxima jornada. Depois de uma semana em que Sérgio Conceição avisou a equipa principal com a maturidade da equipa B, Zé Pedro correspondeu, esteve no lance do primeiro golo e fez o segundo e cumpriu uma exibição muito positiva para mostrar que é o protótipo de jogador do treinador.

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