O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse esta quarta-feira que estima construir 215 fogos no atual mandato, no dia em que foi assinado o protocolo de transferência da titularidade de dois edifícios militares devolutos na cidade.

Os prédios, que estavam devolutos desde 2006, pertenciam ao Ministério da Defesa, que esta quarta-feira transferiu a sua titularidade para o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que os vai reabilitar para habitação a custos acessíveis, num processo em que o executivo liderado por Pedro Santana Lopes esteve ativo.

“Há três anos que ouço falar destes imóveis e que dia a dia temos tentado trabalhar concretizar [este processo]”, disse a ministra da Habitação Marina Gonçalves, que salientou a colaboração existente vários organismos para que se cumpra a política de habitação, que participou na sessão.

De acordo com o estudo prévio, a reabilitação de cada um dos edifícios militares, com seis pisos, que comportam 12 fogos, ultrapassa 1,2 milhão de euros de investimento, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Na cerimónia, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, anunciou que junto àqueles dois prédios o município vai construir um de raiz, com a mesma dimensão, cujo estudo prévio aponta para um investimento de 1,4 milhão de euros.

“Espero que consigamos começar até setembro de 2024”, disse aos jornalistas o autarca eleito pelo movimento “Figueira a Primeira, salientando que, no próximo ano, vão ficar disponíveis 36 fogos na Urbanização da Matiôa para habitação a rendas acessíveis, que foi visitada na manhã desta quarta-feira.

Na sessão desta quarta-feira, foram ainda assinados dois acordos entre a Câmara da Figueira da Foz, Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana para a construção de mais 14 fogos na Várzea e a requalificação de mais 13 na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, cujo estudo prévio já foi realizado.

Segundo a ministra da Habitação, esta parceria “é muito importante, porque permite ir ultrapassando alguns constrangimentos que encontrávamos nos modelos de financiamento e produção, ao mesmo tempo que não perdíamos de vista o nosso objetivo e garantíamos mais habitação”.

Salientando que o mercado imobiliário da Figueira da Foz é muito dinâmico, o presidente da autarquia frisou que são necessárias “muitas habitações”, não só para as famílias figueirenses, que vão crescendo, como para os que escolhem o concelho para residir.

“Neste momento, temos mais 30 nacionalidades nos agrupamentos escolares e, portanto, tivemos de fazer mais 13 turmas no ensino básico e, por isso, é preciso muita casa”, sublinhou Santana Lopes.