No final do encontro, e ao contrário do que é recorrente, Nuno Almeida, da Associação de Futebol do Algarve, esteve ainda um bom bocado à conversa com Sérgio Conceição, ouvindo as reclamações do técnico do FC Porto sem necessidade de fazer do cartão uma arma para disparar e tentando argumentar o porquê das decisões que tomou apenas a falar. Olhando para aquela imagem, tudo parecia mostrar que tinha sido um clássico calmo para o árbitro que fazia o sexto encontro entre Sporting e dragões. No entanto, foi tudo menos isso. E reclamações não faltaram, num jogo com três golos anulados, um vermelho e muitos protestos.
Os primeiros capítulos começaram a ser escritos no quarto de hora inicial, com o banco do FC Porto a pedir mão de Gyökeres no lance do 1-0 ainda sem ver as repetições antes de protestar o primeiro cartão amarelo a Pepe por falta sobre o avançado sueco. Antes, Alan Varela viu também cartão por uma entrada sobre Geny Catamo, tendo confirmado com o VAR que tinha sido o argentino a cometer a infração.
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Houve depois momentos de maior tensão nos dois bancos, que levaram à admoestação de Nuno Santos por atrasar uma reposição de bola e do técnico adjunto Vítor Bruno por protestos, antes de mais dois lances com reclamações dos dois lados: primeiro um lance em que Evanilson caiu na área numa jogada com Hjulmand e depois no bis anulado a Gyökeres, que estava em linha na altura do cruzamento mas viu aí o 2-0 invalidado por um toque de Quaresma em João Mário quando corria para ganhar a linha de fundo. Antes, o banco dos azuis e brancos ficou também a pedir ação disciplinar para Gyökeres num lance com Pepe.
O segundo tempo ficou marcado de forma inevitável pela expulsão de Pepe, num lance em que foi empurrado por Matheus Reis (que não viu cartão) antes de esticar o braço, acertar na cara do jogador do Sporting que ficou a sangrar e ser expulso com vermelho direto após análise das imagens pelo VAR. Até ao final, houve mais dois golos anulados, a Evanilson por fora de jogo de Taremi no momento da assistência e a Paulinho por uma falta de Bragança no momento da jogada que levou a bola até ao avançado verde e branco, sendo que uma cotovelada de Taremi ao saltar com Gonçalo Inácio fez ainda levantar o banco leonino.