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Vulcão entra em erupção na Islândia

Este artigo tem mais de 6 meses

O vulcão situado na região de Reykjanes entrou em erupção nesta segunda-feira à noite, já depois de milhares de pessoas terem sido retiradas, nas últimas semanas, das zonas envolventes.

8 fotos

O vulcão localizado em Reykjanes, na Islândia, entrou finalmente em erupção na segunda-feira à noite. De acordo com a Sky News, o Gabinete Meteorológico Islandês confirmou o início da erupção que, por prevenção, já tinha levado à retirada de milhares de pessoas da cidade de Grindavik após semanas de intensa atividade sísmica.

Durante a madrugada o vulcão parecia estar a estabilizar, segundo se podia ler no portal da internet do Instituto Meteorológico Islandês (IMO, na sigla em inglês): “O poder da erupção que começou há cerca de quatro horas parece estar a diminuir”.

“A diminuição da atividade não é uma indicação da duração da erupção, mas sim de que a erupção está a estabilizar”, observou o instituto, notando que uma tendência semelhante foi observada no início de erupções anteriores na Península de Reykjanes.

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A primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir considerava na segunda-feira à noite que todo o plano de prevenção colocado em marcha até ao dia da erupção será relevante. A governante revelava então ter esperança de que tudo corresse da melhor forma, mas reconhecia que este será um “evento bastante significativo”.

De acordo com o RUV, órgão de comunicação social islandês, os controladores de tráfego aéreo que tinham uma greve marcada para quarta-feira anunciaram o seu cancelamento devido à erupção.

Nas redes sociais começam a circular as primeiras imagens do vulcão em erupção.

A erupção vê-se de Reykjavik, capital da Islândia, que fica a pouco mais de 40 quilómetros do vulcão Reykjanes:

DR

Nas últimas semanas, a cidade de Grindavík foi evacuada por diversas vezes, após terem sido registados diversos danos, como a abertura de fendas nas estradas e terras. A cidade pertence a uma zona vermelha, o que significa que continua na área de “perigo devido a erupções vulcânicas, incluindo abertura de fissuras, fluxo de lava e contaminação por gases perigosos”, mas com risco menor do que a zona roxa.

Desde o início de novembro que a Islândia se preparou para uma possível erupção quando, em 24 horas, foram sentidos cerca de mil sismos. Esse fenómeno é decorrente do rio subterrâneo de magma, com cerca de 15 quilómetros, que se dirigia para a superfície, estando apenas a 800 metros de romper o solo nessa altura. Tal levou à retirada dos cerca de quatro mil habitantes da cidade piscatória (só podiam voltar às suas casas em certos horários do dia) e ao longo do mês foi havendo alterações nas regras na região, mas nunca se voltou por completo à normalidade.

Islândia aumenta zona de perigo devido a possível erupação de vulcão

De acordo com o The Guardian, a Lagoa Azul, uma das mais famosas atrações turísticas da Islândia, tinha sido reaberta esta segunda-feira ao público, depois de estar fechada mais de um mês devido à forte atividade sísmica que se fazia sentir naquela região. O spa geotérmico encerrou a 9 de novembro e, ainda que se mantivesse o alerta de perigo, com uma diminuição da atividade nos últimos dias, a administração tinha decidido, em “estreita colaboração com as autoridades”, reabrir. Ainda assim, os hotéis e os restaurantes permaneciam encerrados, prevendo-se que seria feita uma reavaliação na próxima quinta-feira.

Nos últimos tempos houve ainda uma comparação entre este vulcão e a erupção do Eyjafjallajokull, em 2010, que causou um verdadeiro pesadelo no espaço aéreo europeu, provocando o maior cancelamento de voos desde a Segunda Guerra Mundial, com cerca de 900 mil suspensos.

Vulcão na Islândia “pode entrar em erupção a qualquer momento”. Quais os possíveis impactos?

Desta vez o código de cores da aviação ficou no vermelho, mas até ao momento, “não há perturbações nas chegadas ou partidas no aeroporto de Keflavik”, garantiu o operador aeroportuário islandês ISAVIA, no seu site.

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