Szeged, na Hungria, foi a localidade escolhida pela chinesa BYD para instalar a sua fábrica em solo europeu, abrindo por um lado mão dos menores custos de produção que possui na China, mas livrando-se por outro lado dos entraves que alguns países europeus poderão criar – como já aconteceu em França – ao acesso de veículos oriundos da China aos incentivos conferidos aos automóveis eléctricos pelos diferentes países da União. Este investimento prova o empenho da BYD no Velho Continente ao contrário do que acontece com os restantes fabricantes chineses, que optam por continuar a produzir na Ásia e exportar a partir daí.

A BYD é o maior construtor chinês de automóveis eléctricos, sendo igualmente o maior produtor de baterias recarregáveis, que fornece para indústria automóvel, mas igualmente para a dos telemóveis, entre outras. A estratégia de crescimento deste fabricante é sólida, suportada por um elevado ritmo de substituição de novos veículos e de grandes investimentos em novas soluções e tecnologias. A escolha da Hungria foi justificada pelos responsáveis chineses pela anterior relação industrial com o Governo local, uma vez que já há muito fabricam ali autocarros, possuindo igualmente uma fábrica para montagem de packs de baterias.

Em relação à nova fábrica de Szeged, a BYD avançou que seria “construída de forma faseada”, mas que esta “marcará a nova fase da estratégia da empresa para a Europa” e que “constituirá um centro de produção”. O construtor refere ainda que pretende “utilizar toda a sua experiência na integração vertical da cadeia de abastecimentos” para criar o que denomina ser um “ecossistema local”. Contudo, não foi avançada uma data para o arranque da produção da fábrica europeia do construtor chinês, nem os modelos que ali pretende produzir.

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