O Autódromo do Estoril vai ser posto à venda pelo Estado nos próximos meses, noticia o jornal Eco esta sexta-feira. Oficialmente, a Parpública diz que é “prematuro adiantar pormenores” mas confirma que “está em curso a elaboração dos documentos necessários” para a venda do circuito que entrou na esfera pública em 1997. O concurso, porém, só será lançado depois das eleições.
O jornal Eco acrescenta que esteve em cima da mesa a hipótese de entregar a infraestrutura a algum parceiro privado, através de uma concessão. Mas a nova administração da Parpública acabou por optar pela venda.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, diz que “há mais de um ano” que a Parpública está a preparar o lançamento do concurso público internacional, desde que “o primeiro-ministro deu, de forma informal, luz verde para avançar com o processo”. O mesmo responsável diz que há “três grupos interessados em investir” num ativo que tem um “um valor muito baixo”, inferior a “10 milhões de euros”.
Dois grupos “são totalmente portugueses” e um terceiro interessado é “um consórcio de empresas portuguesas e estrangeiras”, segundo Carlos Carreiras, que não identifica os empresários que podem entrar neste negócio.
O presidente da Câmara de Cascais garante, porém, que apenas aceita a venda do autódromo se for para manter a infraestrutura – recusando a hipótese de o terreno ser convertido em projeto imobiliário. “Não iríamos aprovar qualquer licenciamento para projetos imobiliários naqueles terrenos”, diz o autarca.
O autódromo esteve para ser vendido, em 2015, à Câmara de Cascais, por 4,92 milhões. Mas o negócio foi travado pelo Tribunal de Contas, com a justificação de que o autódromo “desenvolve atividades com o intuito exclusivamente mercantil e a sua aquisição pela Câmara de Cascais não terá salvaguardado os interesses da população do município”.