Três jogos, uma vitória. O início de 2024 não está a ser fácil para a Roma, que em janeiro só conseguiu vencer o Cremonese, empatou com a Atalanta e foi eliminada da Taça de Itália pela Lazio, com José Mourinho a ser novamente expulso pelo meio e a receber o apoio incondicional dos adeptos com uma ovação no momento em que saiu do relvado.
O treinador português cumpria castigo este domingo, contra o AC Milan, e na antevisão da partida não escondeu que a Roma está novamente a viver um período complexo — principalmente numa altura em que soube que Tiago Pinto, diretor desportivo, vai sair do clube no final do mês. “Tivemos dois momentos difíceis na época: o início e este. Mas agora estamos a quatro pontos dos lugares que dão acesso à Liga dos Campeões. Temos um grupo pequeno de jogadores e isso é uma verdadeira dificuldade. É uma loucura. E não está certo as pessoas quererem ignorar essa situação. Eu defendo o grupo, inclusivamente as pessoas que não têm um nível de desempenho aceitável. É um grupo de pessoas sérias, que trabalha e que sofre”, começou por dizer.
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“Temos os adeptos mais incríveis que vi na minha vida, mas pensam que eu sou o ‘José Mourinho Potter’ e sobem o nível de cobrança e as expectativas. Estarei na bancada num ambiente em que não sou bem-vindo, mas vamos lá com tudo o que temos. Com a certeza de que os jogadores vão dar tudo”, atirou Mourinho, sublinhando que não pode “fazer magia”.
Assim, em Milão e contra uma equipa de Stefano Pioli que também vinha de uma eliminação da Taça contra a Atalanta, a Roma apresentava-se com Il Faraone e Lukaku no ataque, apostando em Bove, Paredes e Cristante no meio-campo e deixando Pellegrini no banco — e também Rui Patrício, que cedia a baliza a Svilar. Dybala, por outro lado, faltava o jogo por lesão. No AC Milan, Pulisic, Giroud e Rafael Leão assumiam o setor ofensivo.
O AC Milan abriu o marcador ainda dentro do quarto de hora inicial, com um remate rasteiro mesmo à entrada da grande área que não deu qualquer hipótese a Svilar (11′). Mourinho só mexeu ao intervalo, trocando Mancini por Pellegrini, e a equipa de Stefano Pioli aumentou a vantagem ainda antes da hora de jogo por intermédio de Giroud, que cabeceou na pequena área (56′).
Paredes reduziu a desvantagem à beira dos últimos 20 minutos, ao converter uma grande penalidade de Calabria sobre Pellegrini (69′), mas o AC Milan não tremeu e fez o xeque-mate através de Theo Hernández, que rematou em força já na grande área para fechar as contas (84′). Com Mourinho na bancada, a Roma somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer e está agora no 9.º lugar da Serie A e a quatro pontos da zona de apuramento para as competições europeias.