A potência do motor ajuda a substituir a força que o corpo vai perdendo com o passar dos anos. Aos 61 anos, Carlos Sainz, a bordo de um Audi, conseguiu vencer o rali Dakar pela quarta vez na carreira, mostrando que ainda está aí para as curvas e para os desafios do deserto. Além disso, conseguiu fazê-lo com três recordes.
???? @CSainz_oficial and Lucas Cruz are the Ultimate #Dakar2024 WINNERS ???????????? pic.twitter.com/wWELcGGwRi
— DAKAR RALLY (@dakar) January 19, 2024
Não é para todos os sexagenários ainda estarem abertos à inovação e contrariarem os padrões que adotaram ao longo de toda a vida. Carlos Sainz foi ao Dakar com um carro elétrico e tornou-se no primeiro piloto a conseguir vencê-lo com um veículo deste tipo. A representar a Audi, o espanhol atingiu também algo inédito. Nunca ninguém tinha conseguido lograr na prova saudita com quatro marcas diferentes. Sainz tinha-o feito anteriormente com a Volkswagen, com a Peugeot e com a Mini.
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O piloto é agora o mais velho de sempre a conquistar o Dakar e igualou as quatro conquistas do finlandês Ari Vatanen, terceiro colocado da lista dos mais titulados. Segue-se o qatari Nasser Al-Attiyah com cinco vitórias, sendo que o francês Stéphane Peterhansel é o recordista com oito.
Carlos Sainz, que conta com Lucas Cruz como navegador, terminou a 12.ª etapa, em Yanbu, com 01.20.25 de vantagem face a Guillaume De Mévius e 01.25.12 em relação a Sébastien Loeb. “Este carro é tão especial, é tão difícil de guiar, tem sido tão difícil fazê-lo funcionar para terminar e vencer esta corrida. Estou muito feliz pela Audi. Acho que a energia vem da paixão que tenho”, disse o piloto que é pai do homónimo da Fórmula 1. “Para estar aqui com a minha idade e permanecer no alto nível é preciso trabalhar muito. Mostra que quando trabalhamos duro, normalmente compensa. Neste momento, quero aproveitar esta vitória e pensarei no meu futuro nas próximas semanas. Veremos o que acontece”.
Throw???? to @dakar 2023 with the boss @CSainz_oficial.
Although this year we aren't there physically, we are supporting you in every stage from home. We are very proud of you, of seeing how you keep breaking barriers and outdoing yourself, defending the lead in the toughest rally… pic.twitter.com/B4KKrWuM1O
— Carlos Sainz (@Carlossainz55) January 15, 2024
Carlos Sainz é mais um exemplo de longevidade no desporto. Em Portugal, reside outro exemplo. Kazu Miura joga da Oliveirense, emblema da Segunda Liga, e permanece no ativo com 56 anos. Esta época, o jogador japonês soma um total de seis minutos de utilização divididos em três jogos. Porém, na casa dos 60 ou mais, torna-se raro encontrar exemplos de sucesso.
Svetlana Zilberman, no badminton, tornou-se na jogadora mais velha a ganhar um jogo no Mundial da modalidade aos 64 anos. No tiro, Oscar Swahn conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Estocolmo (1912) também aos 64 e, mais tarde, em Antuérpia (1920), alcançou a prata aos 72 anos. No mesmo desporto, Jerry Milner conseguiu o ouro aos 61. Lida Peyton Pollock e Galen Carter Spencer, no tiro com arco, conseguiram, aos 63 e 64, respetivamente, medalhas de ouro no tiro com arco. Aos 70 anos, Bob Long ficou em primeiro lugar numa icónica prova de resistência onde os participantes percorrem a cavalo 1.000 quilómetros na Mongólia.