José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, reagindo aos protestos marcados pelo setor agrícola, apelou a que os manifestantes cumpram os seus deveres e que estejam “muito atentos a tentativas de instrumentalização” — uma ideia que deixou no ar sem concretizar.

O governante reitera que os manifestantes têm direito ao protesto, mas lembrou que também é preciso a “consciência” de que há deveres: “O direito de manifestação é fundamental, mas também deve ser acompanhado por alguns deveremos”, esclareceu, frisando que as entidades tomaram conhecimento da “intenção de bloqueio de estradas” e que isso pode colocar “em causa direitos fundamentais como mobilidade” dos outros cidadãos, nomeadamente a possibilidade de se deslocarem para o trabalho mas também para abastecimentos logísticos e alimentares.

Os agricultores portugueses manifestam-se a partir das 6h00 de quinta-feira com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”. Segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, trata-se de uma iniciativa do denominado Movimento Civil Agricultores de Portugal, que se apresenta como “um movimento civil espontâneo e apartidário que une agricultores e sociedade civil em defesa do setor primário”.

Agricultores portugueses preparam bloqueios de estradas de norte a sul do país. Polícias monitorizam protestos que perturbem ordem pública

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