A inexistência de prémios para administradores da SAD do FC Porto no próximo mandato é um dos eixos orientadores assumidos esta sexta-feira pela candidatura do atual presidente Pinto da Costa às eleições dos vice-campeões nacionais de futebol.
Numa carta enviada aos seus apoiantes, o dirigente estabeleceu a “transparência e boa governança” como uma linha forte do seu programa, ao visar um modelo de gestão que “respeite as boas práticas” e tenha a relação com os sócios “no centro das prioridades”.
O outro eixo é a “sustentabilidade e crescimento”, face à necessidade de aplicar a curto prazo “um plano de redução de custos, através da aplicação de políticas de melhoria de eficiência“, mas colocando o “aumento de receitas estruturais” como foco predominante.
Além dessa dupla promessa, Pinto da Costa quer potenciar o desenvolvimento de novos talentos através da futura academia do FC Porto, que está projetada para ser erguida na Maia, e do departamento de prospeção, assegurar o compromisso com as modalidades amadoras e com o futebol feminino, e melhorar a experiência junto de sócios e adeptos.
A lista “Todos pelo Porto” vai partilhar ao longo dos próximos dias o programa completo, que projeta “um reforço financeiro estruturado e fundamental para a sustentabilidade do clube”, sem condicionar a posição maioritária dos associados no controlo da sociedade.
Pinto da Costa, de 86 anos, recordou que se candidata pela 16.ª e última vez à liderança do FC Porto, cargo que assume ininterruptamente desde abril de 1982, desejando, caso seja reeleito, deixar uma “equipa renovada” à frente da SAD no final do quadriénio 2024-2028, que seja formada por “profissionais competentes e de gerações diferentes” da sua.
O dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial concorre com André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, e o empresário Nuno Lobo, candidato batido em 2020, nas próximas eleições dos órgãos sociais, que devem decorrer em abril.