A lista dos 16 romances candidatos ao 29.º Women’s Prize, que distingue obras de ficção de mulheres escritoras, foi esta terça-feira divulgada, tendo entre os nomeados a indo-britânica Chetna Maroo, com o livro que foi finalista do prémio Booker.
Chetna Maroo é candidata com o seu romance de estreia, Western Lane.
Entre as obras escolhidas está igualmente The Wren, The Wren, da irlandesa Anne Enright, autora que tem publicadas em Portugal outras obras como A Valsa Esquecida (2012), Corpo Presente (2007) e O Prazer de Eliza Lyinch (2006).
Da lista esta terça-feira divulgada, faz também parte Kate Greenville, com Restless olly Maunder. Desta autora australiana, também está publicado em Portugal O Rio Secreto (2007).
Entre as restantes 13 obras da lista encontram-se Hangman, de Maya Binyam, autora que atualmente vive em Los Angeles, e cujo romance foi considerado “melhor livro de 2023”, pela revista The New Yorker, a Vulture e a BBC; In Defense of the Act, de Effie Black, que vive em Londres; e And Then She Fell, de Alicia Eliot, uma nativa da tribo Tuscarora, no Estado norte-americano da Carolina do Norte, atualmente a viver na região canadiana de Ontário.
The Maiden, da inglesa Kate Foster, atualmente a viver na Austrália, e Brotherless Night, da norte-americana V.V. Ganeshananthan, são outras obras candidatas, assim como Enter Ghost, da britânico-palestiniana Isabella Hammad, Soldier Sailor, da irlandesa Claire Kilroy, nascida em Dublin, onde vive, e 8 lives of a Century-old trickster, da sul-coreana Mirinae Lee.
A lista de candidatas ao Women’s Prize de literatura completa-se com The Blue, Beautiful World, de Karen Lord, dos Barbados, Nightbloom, de Peace Adzo Medie, da Libéria, Ordinary Human Failings, de Megan Nolan, da República da Irlanda, A Trace of Sun, da britânica Pam Williams de origem granadina, e River East, River West, da autora franco-chinesa-norte-americana Aube Rey Lescure.
A escritora Monica Ali, que preside ao júri, sobre a seleção feita afirma, no site do prémio: “Com a força e a vitalidade da ficção feminina contemporânea em evidência, ler os livros candidatos ao Women’s Prize, deste ano, foi uma experiência feliz. Cada um desses livros é brilhante, original e totalmente incontestável. Coletivamente, eles oferecem uma ampla gama de narrativas convincentes de todo o mundo, escritas com entusiasmo, inteligência, paixão e compaixão.”
O Women’s Prize for Fiction, que no ano passado distinguiu a norte-americana Barbara Kingsolver por Demon Copperhead, uma reinvenção de David Copperfield, de Charles Dickens, tem por objetivo reconhecer a ficção escrita por mulheres em todo o mundo.
Criado em 1992, em Londres, capital britânica, por um grupo de homens e mulheres jornalistas, críticos, agentes, editores, bibliotecários e livreiros, o prémio foi uma resposta ao facto de, no ano anterior, a lista de finalistas do prestigiado prémio literário Booker não ter incluído uma única mulher.
Em 1992, apenas 10% das finalistas ao Booker Prize tinham sido mulheres.
A vencedora, que será conhecida no próximo 12 de junho, recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras (perto de 35 mil euros).