A Mota-Engil obteve um lucro de 113 milhões de euros em 2023, um aumento de 120% face a 2022, alcançando “o melhor resultado líquido anual” da sua história, anunciou esta segunda-feira a construtora.
O grupo sublinhou, em comunicado, que o resultado líquido de 113 milhões de euros é o melhor da sua história e conjuga “um forte crescimento da atividade com a melhoria da rentabilidade líquida do grupo”, concretizando assim “uma das mais relevantes prioridades” que o grupo propõe alcançar no seu Plano Estratégico até 2026.
O ano de 2023 foi “caracterizado por um forte desempenho operacional, alcançando níveis recorde de produção na área de Engenharia e Construção (E&C)”, frisou.
“Permitiu de forma consolidada superar pela primeira vez na sua história os 5 mil milhões de euros de faturação, alcançando 5.552 milhões de euros, um crescimento de 46% face ao ano de 2022, um ano em que se registou o anterior máximo do Grupo com 3.804 milhões de euros”, pode ler-se.
O grupo Mota-Engil sublinhou que, para “o sólido crescimento”, o “negócio core de Engenharia e Construção cresceu 54% e de forma relevante em todas as regiões, destacando-se a América Latina, a qual, com um crescimento de 81% alcançou em 2023 um marco inédito numa região onde é atualmente uma das cinco maiores construtoras, sendo ainda de destacar o dinamismo relevante em África (+28%) e na Europa (+31%)”.
A construtora registou ainda o crescimento de 55% no EBITDA (lucros antes de impostos, taxas e amortizações) para 837 milhões de euros, com “uma das melhores margens do setor a nível internacional, o que teve concretização no resultado operacional (EBIT), indicador que mais do que duplicou para 516 milhões de euros (margem de 9% face aos 6% registados em 2022)”.
A nível financeiro, o grupo “acelerou a expansão do seu investimento (CAPEX de 513 milhões de euros), frisando que é “direcionado sobretudo para contratos de médio e longo prazo, prosseguindo a estratégia de investimento criteriosa e seletiva sobre mercados core como Portugal, México, Angola e Nigéria”.
A Mota-Engil destacou ainda, no comunicado, que “resultante do forte desempenho operacional e de geração de caixa”, e apesar do “forte investimento realizado”, o grupo alcançou “o melhor rácio de Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 10 anos (com 1,4x face aos 1,7x em 2022), e Dívida Bruta/EBITDA para 3,3x (melhoria significativa face aos 4,5x de 2022), superando os objetivos estabelecidos no Plano Estratégico (2022-2026)”.
“A par do desempenho operacional e financeiro, o Grupo reforçou a sua Carteira de Encomendas para 13 mil milhões de euros num ano que representou o segundo melhor de sempre com 6 mil milhões de euros em novos contratos, demonstrando capacidade de renovação com melhoria da qualidade, focada nos mercados core e reforçando as perspetivas de manter em 2024 e seguintes o círculo virtuoso de crescimento sustentável e alinhado com os objetivos de crescimento e rentabilidade estabelecidos no Plano Estratégico até 2026”, realçou.