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Tiago, a maior promessa eleitoral de um Roger que está longe da maioria absoluta (a crónica do Benfica-Estoril)

Este artigo tem mais de 6 meses

Schmidt deixou Neves, Rafa e Di María no banco, voltou a ler uma tarja com recado (e tochas pelo meio), mas ganhou a aposta em Tiago Gouveia, que marcou e assistiu na vitória contra o Estoril (3-1).

O jovem avançado português foi titular e fez o terceiro e último golo dos encarnados
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O jovem avançado português foi titular e fez o terceiro e último golo dos encarnados

EPA

O jovem avançado português foi titular e fez o terceiro e último golo dos encarnados

EPA

Era preciso recuar três meses, até ao fim de novembro e ao início de dezembro, para encontrar três jogos seguidos sem uma única vitória do Benfica. Na altura, os encarnados empataram com Inter Milão, Moreirense e Farense. Agora, perderam com Sporting e FC Porto e empataram com o Rangers. O que significa que este já é o pior período do Benfica desde abril do ano passado, altura em que a conquista do Campeonato chegou a tremer devido a uma fase menos conseguida.

Entre o vernáculo de Otamendi depois do jogo contra o Rangers, a ideia de que os adeptos têm cada vez menos paciência para as opções de Roger Schmidt e o pedido de desculpas de Rui Costa na sequência da goleada sofrida no Dragão, existia uma certeza: o Benfica tinha de reagir de forma imediata, principalmente na Primeira Liga, para resguardar a chance de continuar a correr atrás do Sporting e não deixar fugir o título. O treinador, porém, parecia ser o único que não lia a urgência do momento.

Ficha de jogo

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Benfica-Estoril, 3-1

25.ª jornada da Primeira Liga

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

Benfica: Trubin, Alexander Bah (Álvaro Carreras, 84′), António Silva, Tomás Araújo, Fredrik Aursnes (Morato, 81′), Florentino, João Mário, David Neres (Benjamín Rollheiser, 75′), Kökçü (João Neves, 81′), Tiago Gouveia, Marcos Leonardo (Arthur Cabral, 75′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Di María, Rafa, Tengstedt

Treinador: Roger Schmidt

Estoril: Dani Figueira, Bernardo Vital, João Basso, Mangala, Wagner Pina (Tiago Araújo, 78′), Vinícius Zanocelo (Fabrício, 87′), Mateus Fernandes, Rodrigo Gomes, Rafik Guitane (Michel, 87′), Cassiano (Alejandro Marqués, 66′), Heriberto (João Marques, 87′)

Suplentes não utilizados: Marcelo Carné, Raúl Parra, João Carlos, Pedro Álvaro

Treinador: Vasco Seabra

Golos: Kökçü (15′), Rodrigo Gomes (22′), Marcos Leonardo (45+2′), Tiago Gouveia (49′)

Ação disciplinar: nada a registar

“Nada disto é sobre mim, a única coisa que importa é o Benfica. O que vi e senti no estádio na quinta-feira [contra o Rangers] é que os adeptos apreciaram a forma como a equipa jogou, como reagiu. Isso foi muito importante para nós. O apoio torna tudo mais fácil, especialmente no nosso estádio. Podemos sempre contar com os nossos adeptos. Claro que, se não estão contentes com a nossa performance, temos de viver com as críticas — e há sempre críticas no Benfica. É normal. Só podemos influenciar o estado de espírito e a atmosfera jogando bom futebol”, disse Schmidt na antevisão da receção deste domingo ao Estoril, numa conferência de imprensa onde ainda sublinhou o facto de os pontas de lança encarnados serem “pouco consistentes”.

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Ora, neste contexto e na Luz, o treinador alemão surpreendia e deixava João Neves, Rafa e Di María, promovendo a estreia de Marcos Leonardo a titular e lançando também Florentino, David Neres e Tiago Gouveia, para além de Tomás Araújo a substituir o castigado Otamendi ao lado de António Silva. Do outro lado, num Estoril que vinha de quatro jogos sem ganhar, Vasco Seabra colocava Heriberto, Cassiano e Guitane no trio ofensivo.

Numa primeira parte disputada a um ritmo baixo e algo lento, depressa se percebeu que o Estoril ia começar por abordar o jogo de forma defensiva, com uma linha de cinco reforçada com outra de quatro e apenas Cassiano na frente quando a equipa não tinha bola. O Benfica criou a primeira oportunidade nos minutos iniciais, com um livre direto de Kökçü que passou pouco por cima da trave (5′), e acabou por abrir o marcador ainda dentro do primeiro quarto de hora e no primeiro remate enquadrado.

Tomás Araújo recuperou a bola em zona elevada, Neres colocou à entrada da grande área e Kökçü, com um remate de primeira e em jeito, surpreendeu Dani Figueira e assinou um grande golo na Luz (15′). Os encarnados poderiam ter aumentado a vantagem logo depois, com João Mário a atirar na área para uma grande intervenção do guarda-redes do Estoril (19′), mas a equipa de Vasco Seabra conseguiu chegar ao empate ainda antes da meia-hora.

Heriberto acelerou na direita, deixou António Silva e Aursnes para atrás e rematou cruzado, com Trubin a defender para a frente e a permitir a recarga de Rodrigo Gomes (22′). O Benfica sentiu o golo sofrido e baixou as linhas, concedendo o crescimento do Estoril e o melhor momento dos visitantes da Luz — os encarnados não conseguiam sair de forma apoiada, não tinham bola no último terço contrário e estiveram cerca de 20 minutos sem rematar.

Já dentro dos últimos 10 minutos da primeira parte, uma mancha de adeptos encarnados atirou várias tochas para o relvado, com o jogo a ser temporariamente interrompido, e ergueu-se uma tarja na bancada onde se lia “ninguém está acima do Benfica, Roger”, num claro recado para o treinador. Ainda assim, e numa altura em que as duas equipas pareciam já preparar-se para o intervalo, o Benfica conseguiu recuperar a vantagem: Neres tirou um cruzamento largo na direita, Tiago Gouveia amorteceu de cabeça ao segundo poste e Marcos Leonardo cabeceou na pequena área para levar os encarnados a ganhar para os balneários (45+2′).

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Benfica-Estoril:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Benfica nem sequer demorou cinco minutos a aumentar a vantagem: Tiago Gouveia recebeu de Kökçü, foi do meio para a direita, aguentou a pressão de Mangala e atirou cruzado já na área para bater Dani Figueira (49′). A boa entrada tranquilizou os encarnados, que passaram a gerir o resultado com bola e não permitiam praticamente nada ao Estoril, que parecia algo resignado.

Marcos Leonardo teve duas ocasiões para bisar já depois da hora de jogo, com um remate de fora de área que Dani Figueira defendeu (62′) e outro já na área que o guarda-redes também parou (65′), e Vasco Seabra tornou-se o primeiro a mexer ao trocar Cassiano por Alejandro Marqués. O Benfica foi perdendo o controlo absoluto das ocorrências com o passar dos minutos, oferecendo a iniciativa ao Estoril e reduzindo a intensidade, e Marqués ficou perto de marcar com um pontapé que Trubin defendeu (70′).

Roger Schmidt fez as primeiras substituições à entrada para o derradeiro quarto de hora, trocando Neres e Marcos Leonardo por Rollheiser e Arthur Cabral, e ainda lançou Morato e João Neves pouco depois. Já pouco aconteceu até ao fim, com o Estoril a ter mais bola e a passar mais tempo no meio-campo adversário, mas sem capacidade para criar mais nada para além de um remate de Guitane que Trubin defendeu (85′). Em cima dos descontos, João Neves ainda acertou em cheio na trave com um pontapé violento de fora de área (90′).

No fim, o Benfica venceu o Estoril e regressou aos triunfos, encerrando a série de três jogos sem ganhar e mantendo-se a um ponto da liderança do Sporting, que tem menos uma jornada disputada. Num dia em que Rafa e Di María nem sequer saíram do banco de suplentes e João Neves só entrou nos últimos 10 minutos, Tomás Araújo esteve à altura do desafio, Kökçü foi dos melhores em campo e Marcos Leonardo marcou. Pelo meio, Tiago Gouveia fez um golo e uma assistência, foi constantemente um dos principais desequilibradores e mostrou que poderá ser a maior promessa eleitoral de um Roger Schmidt que está longe de ter maioria absoluta junto dos adeptos.

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