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O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan acusou esta terça-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ser “o principal responsável” pelo ataque do Irão a Israel.
“O principal responsável pela tensão que tomou conta dos nossos corações na noite de 13 de abril é Netanyahu e a sua administração sanguinária”, sublinhou o chefe de Estado turco, durante um discurso televisionado.
“O ataque de Israel à embaixada iraniana em Damasco, em violação do direito internacional e da Convenção de Viena, foi a gota de água que fez transbordar o copo”, acrescentou Erdogan.
O Presidente turco apontou também para quem tem permanecido “em silêncio durante meses sobre a postura agressiva de Israel” mas que “começaram imediatamente a condenar a resposta iraniana”.
“No entanto, é o próprio Netanyahu quem deveria ser condenado primeiro“, frisou.
Desde o início da guerra em Gaza, Recep Tayyip Erdogan tem sido um dos críticos mais veementes, que descreveu Israel como um “Estado terrorista”.
A Turquia apelou no domingo para “acabar com a escalada” no Médio Oriente, dizendo temer uma “guerra regional” após os ataques iranianos.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
A noite em que a “guerra-sombra” do Irão e de Israel ficou a um passo de se tornar uma guerra aberta
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta “à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.