Os dois Leões de Ouro da 60.ª Bienal de Veneza foram para a Oceânia: a Austrália, representada por Archie Moore, recebeu o prémio de melhor pavilhão nacional, e o Mataaho Collective, da Nova Zelândia, venceu o Leão de Ouro da exposição internacional. Os prémios da exposição internacional de arte foram anunciados este sábado em Veneza, Itália.
O Kosovo recebeu uma menção especial e o Leão de Prata para jovem participante mais promissor foi para Karimah Ashadu. O júri concedeu ainda mais duas menções especiais, para os artistas Samia Halaby e La Chola Poblete.
A 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza começou este sábado sob o tema “Estrangeiros em todo o lado”, com curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa, num ano marcado pelas guerras do presente e pelas memórias da violência do passado.
Este ano, o foco principal são “artistas que são eles próprios estrangeiros, imigrantes, expatriados, diaspóricos, emigrados, exilados ou refugiados – particularmente aqueles que se deslocaram entre o sul global e o norte global”, sendo que “a migração e a descolonização serão temas-chave”, de acordo com Adriano Pedrosa, diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Nesta edição, o Pavilhão de Portugal, instalado no Palazzo Franchetti, no Grande Canal de Veneza, acolhe o projeto “Greenhouse”, das curadoras e artistas Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala, que tem como protagonista um Jardim Crioulo onde há instalações que são palcos de coreografias, assembleias e educação militante.
A Representação Oficial Portuguesa não é a única presença portuguesa na Bienal. O pavilhão oficial da Santa Sé, instalado na prisão feminina Venezia Giudecca, acolhe a exposição “Com os meus olhos”, comissariada pelo cardeal português Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.
Já o pavilhão da Lituânia, instalado na Igreja di Sant’Antonin, tem na lista de comissários o curador português João Laia, atualmente diretor artístico do Departamento de Arte Contemporânea do Município do Porto.