Em atualização

A economia portuguesa cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos e 0,7% em cadeia, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No último trimestre do ano passado, a economia tinha crescido 0,7% em cadeia, evitando uma recessão técnica, e na comparação homóloga avançou 2,1%. No conjunto do ano de 2023, o PIB nacional subiu 2,3%.

O INE diz que o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no primeiro trimestre, ao mesmo tempo que se verificou uma desaceleração do investimento e do consumo privado.

Já o contributo da procura externa líquida foi nulo, depois de ter sido positivo no trimestre anterior. As exportações de bens e serviços em volume abrandaram e as importações aceleraram ligeiramente.

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Já em cadeia, o PIB aumentou 0,7% em volume, uma taxa idêntica à observada no trimestre anterior. O contributo da procura externa líquida passou a positivo, “refletindo a desaceleração das importações de bens e serviços mais acentuada do que a das exportações de bens e serviços”. Já o contributo positivo da procura interna diminuiu, com uma redução do investimento e uma aceleração do consumo privado.

Os dados provisórios do crescimento homólogo e em cadeia estão em linha com as previsões de vários economistas que, no primeiro caso, apontavam para um crescimento do PIB entre 1% e 2,1% e, no segundo caso, entre 0,3% e 1,5%.

Os resultados mais detalhados das contas nacionais do primeiro trimeste serão divulgados a 31 de maio.

No Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo no Parlamento, o Ministério das Finanças previa, num cenário de políticas invariantes (isto é, sem as novas políticas com que já se comprometeu), um crescimento da economia de 1,5% este ano.

Portugal cresce acima da zona euro (que afasta recessão técnica)

Os dados provisórios da zona Euro, que ainda não incluem todos os países, revelam que o PIB subiu 0,4% em termos homólogos (0,5% no caso da UE) e 0,3% em cadeia (o mesmo na UE), o que significou que Portugal cresceu acima da média dos Estados-membros com dados conhecidos. A zona Euro afasta, assim, uma recessão técnica, depois de dois trimestres consecutivos de contração (-0,1% em ambos os casos).

Portugal foi o quarto país com maior crescimento homólogo, seguido da Hungria (1,7%), Espanha (2,4%) e Lituânia (2,9%). Em cadeia, foi o quinto maior crescimento, a par da Espanha, e atrás da Letónia (0,8%), Lituânia (0,8%), Hungria (0,8%) e Irlanda (1,1%).

A Alemanha voltou a cair na comparação homóloga (-0,2%) e em cadeia cresceu 0,2% depois da contração de 0,5% no final do ano. França também teve um crescimento modesto em cadeia, de 0,2%, mas em termos homólogos cresceu 1,1%.