O Senado do Arizona, nos Estados Unidos da América (EUA), aprovou esta quarta-feira a revogação da lei antiaborto de 1864, que tinha sido reinstituída pelo Supremo Tribunal do Arizona no início de abril. A legislação em causa proíbe a criminaliza quase todas as interrupções da gravidez, com exceção para os casos em que o procedimento é absolutamente necessário para salvar a vida da mãe.

A aprovação da revogação, por 16 votos a favor versus 14 contra, com dois senadores republicanos a juntarem-se aos democratas, deixa a decisão final nas mãos da governadora Katie Hobbs, uma democrata que criticou anteriormente a tentativa de restaurar a lei criada no século XIX.

No X, antigo Twitter, a governadora já confirmou que irá confirmar a decisão do órgão estadual norte-americano. “Hoje, o Senado fez finalmente o que estava correto e respondeu aos meus apelos para revogar a proibição do aborto de 1864”, escreveu.

Segundo o The Washington Post, quando Hobbs assinar o projeto de lei, passará a estar em vigor um estatuto, de 2022, que considera legal interromper uma gravidez até as 15 semanas. Esta deverá tornar-se a lei de aborto vigente no Arizona. Uma sondagem realizada em outubro, citada pelo jornal norte-americano, revelou que 59% dos eleitores registados no Arizona consideram que o aborto deve ser maioritariamente ou sempre legal.

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Arizona repõe lei de 1864 que proíbe aborto em quase todos os casos. Exceção é para “salvar” a vida da mãe

Os republicanos que detêm maiorias estreitas têm enfrentado uma pressão crescente para revogar a proibição quase total, com alguns republicanos – incluindo o ex-presidente Donald Trump e o candidato ao Senado dos EUA Kari Lake – a afirmar que a decisão do tribunal que permite a proibição quase total do aborto entrar em vigor foi longe demais. A proibição de 15 semanas estabelecida em 2022 foi sugerida como um meio-termo por alguns membros do partido.