Os descontos nas ex-scut implementados em julho de 2021 terão impulsionado o tráfego nas autoestradas, o que resultou num aumento das receitas totais com portagens.
É isso que escreve o Jornal de Notícias que indica que se, por um lado, os descontos nas portagens das autoestradas ex-scut em julho de 2021 representaram uma perda de receita para a Infraestruturas de Portugal (IP) na ordem dos 229,6 milhões de euros até dezembro de 2023, por outro lado, a receita total com as portagens, em toda a rede de autoestradas, tem aumentado.
Segundo o jornal, a IP assume, assim como mostram os relatório anuais do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que os descontos nas portagens impulsionaram o tráfego.
O JN escreve que no primeiro ano dos descontos implementados em julho de 2021, a perda de receita foi de 37 milhões de euros, 85 milhões no seguinte e 107 milhões em 2023. Mas a receita da cobrança de portagens, no total, aumentou. Segundo o relatório e contas de 2022 da IP, nesse ano, foram cobrados 364 milhões de euros, mais 8,1% face a 2021. No ano passado, as receitas voltaram a subir 11%, ultrapassando os 400 milhões de euros.
No relatório de 2022, a IP admite que o aumento do tráfego nas ex-scut foi “provavelmente alavancado pelo próprio efeito da redução no preço, enquanto estímulo à circulação”. Por exemplo, na A28 tinham passado em 2019 17,8 milhões de veículos e, em 2023, o número ultrapassou os 19 milhões.
Esta quinta-feira, o Parlamento discute e vota várias propostas para reduzir ou isentar o pagamento de portagens, o que será um novo teste aos equilíbrios de Luís Montenegro no Parlamento.