90 pontos. Com a vitória deste sábado contra o Desp. Chaves, em Alvalade, o Sporting atingiu os 90 pontos na Primeira Liga pela primeira vez na própria história e registou a segunda melhor pontuação de sempre da competição, ficando apenas atrás dos 91 pontos que o FC Porto de Sérgio Conceição alcançou em 2021/22.

O rugido de Gyökeres, o leão que sempre foi o rei da selva (a crónica do Sporting-Desp. Chaves)

Adicionalmente, o Sporting completou o objetivo de vencer todos os jogos do Campeonato em Alvalade, um feito que nenhuma equipa registava em Portugal há 20 anos, desde o FC Porto de José Mourinho em 2003/04. Os leões marcaram em todas as jornadas da Primeira Liga, algo que nunca ninguém tinha alcançado num Campeonato com 34 partidas, viram Gyökeres consagrar-se o melhor marcador da competição com 29 golos, e igualaram o terceiro melhor ataque de sempre do clube, com 96 golos.

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Esta é a quinta temporada em que os leões conseguiram ganhar todos os jogos em casa na Primeira Liga, sendo que a última tinha sido em 1979/80 e as restantes três foram entre os anos 40 e 50. O Sporting igualou o registo do FC Porto, que também já terminou cinco épocas com pleno de triunfos em casa, e fica apenas atrás do Benfica, que já alcançou o mesmo feito em oito ocasiões.

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O jogo foi também a confirmação da despedida de Luís Neto e Adán, que vão deixar o Sporting no fim da temporada, sendo que o central foi titular e saiu apenas na segunda parte. Depois de homenageados pelas bancadas de Alvalade e por Frederico Varandas após o apito final, ambos dirigiram algumas palavras aos adeptos, com destaque para o discurso emotivo de Neto.

“Hoje o Sporting está estruturado e talhado para continuar a ganhar. Fazem parte do Sporting grandes recursos humanos, jogadores, staff, Academia e mister. Fui-me apercebendo disso. Dizem que o Sporting é um clube de zero títulos, mas mostrámos este ano que conseguimos ganhar. Quero agradecer por me terem deixado fazer parte disto. O Sporting não é o maior de Portugal só porque nós queremos, mas porque também ganha, como fizemos este ano”, atirou o jogador, que esteve acompanhado pela mulher e os filhos no relvado e garantiu que ainda não tem o futuro “clarificado”, estando ainda dependente de “pequenas decisões pessoais”.

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Já Rúben Amorim, na zona de entrevistas rápidas, sublinhou a importância do pleno de vitórias em Alvalade. “Era importante vencer todos os jogos em casa. Não deu para preparar a Taça de Portugal neste jogo, com muitas paragens, a saída do Neto, muita emoção… Este dia ia ser sempre assim. Fizemos 90 pontos, chegámos às 29 vitórias e acho que completámos bem este Campeonato. Já falei do Adán e do Neto e é a parte mais difícil para um treinador, nunca o tive de fazer, mas tudo o que eles nos deram… É difícil explicar o que significaram para nós”, começou por dizer.

“Acho que é importante lembrar o momento em que estivemos, com o que passámos com o LASK [Liga Europa, em 2020] e tudo mais. Destacar o que construímos com os adeptos, com o presidente, com o Hugo Viana. O sentimento deste grupo vai ser difícil voltar a viver. Os outros vão ter de ter a última palavra a partir de agora. Tiveram o exemplo do Neto nos últimos anos e outros vão ter de assumir. Já estamos a planear a próxima época, há um peso diferente e isso sente-se no grupo”, explicou o treinador leonino.

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