Um monumento funerário pré-histórico com cerca de 3.000 anos e com perto de seis metros de diâmetro foi descoberto em Carregal do Sal, anunciou esta quinta-feira o Município.

“Recentemente, o arqueólogo do município descobriu mais um monumento funerário localizado na proximidade da Orca dos Fiais da Telha, no território pertencente à Freguesia de Oliveira do Conde”, explicou a Câmara de Carregal do Sal.

Segundo um comunicado de imprensa desse município do distrito de Viseu, a construção tumular agora descoberta caracteriza-se essencialmente pela existência de uma pequena elevação artificial no terreno de poucos decímetros de altura.

“É constituída por uma presença significativa de blocos graníticos, que formam uma espécie de couraça pétrea com cerca de seis metros de diâmetro sob a qual se depositariam as cinzas ou vestígios osteológicos resultantes da prática incineratória”.

A existirem restos mortais nestes monumentos, “estes poderiam ser depositados num vaso cerâmico, numa cista (espécie de caixa composta por quatro lajes de pedra tapadas por uma quinta laje), ou numa fossa escavada no solo ou rocha base”.

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Para o presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Paulo Catalino Ferraz, esta descoberta é “um importante acréscimo para o enriquecimento e compreensão da Necrópole Megalítica Fiais/Ameal, património arqueológico de incontestável riqueza e importância” no concelho.

No comunicado enviado à agência Lusa, o município conta o ritual funerário, desde a arquitetura do sepulcro às oferendas e procedimentos e como esses elementos importantes revelam a cultura de determinada sociedade e as variações ao longo do tempo.

“Fruto de ações de prospeção do terreno encetadas pelo arqueólogo do município, com a descoberta deste monumento inédito, passam a ser três as estruturas de cariz funerário desta tipologia e deste período” no concelho.

No território de Carregal do Sal, há também o “Dólmen de Troviscos e a Orquinha da Víbora, testemunhos inequívocos das práticas funerárias dos finais da Idade do Bronze na Beira Alta”.

Segundo o comunicado, é possível visitar o monumento, basta, para isso, agendar uma visita no Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria para que “um guia o ajude a interpretar estes ecos” do passado.