O Presidente da República condecorou esta quinta-feira o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, com a Ordem de Mérito Empresarial, com o objetivo de homenagear um equipamento que representa “o futuro da agricultura em Portugal”.

“Eu queria aproveitar o momento para, em concertação com o senhor primeiro-ministro, entregar as insígnias de membro honorário da Ordem do Mérito Empresarial, na classe agrícola, ao CNEMA. Não se pode condecorar uma feira que não seja a Feira Nacional da Agricultura”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou esta quinta-feira o espaço, onde o evento decorre até domingo, acompanhado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Marcelo destacou a importância que a Feira Nacional da Agricultura tem para o setor agrícola português e quis homenagear todos aqueles que contribuíram e continuam a contribuir para a realização do certame, que, acrescentou, “retrata a agricultura em Portugal”.

“Deve-se condecorar toda a estrutura: os representantes da agricultura, as autarquias, as forças da sociedade civil, onde, há 30 anos, se dá vida àquilo que é o futuro. Porque a agricultura não é passado”, disse o Presidente.

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A condecoração acontece no ano em que se comemoram os 70 anos da Feira do Ribatejo e o 60.º aniversário da Feira Nacional da Agricultura (os eventos fundiram-se), bem como os 30 anos de atividade do CNEMA.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda que a agricultura e a feira nacional merecem a presença conjunta do Presidente da República e do primeiro-ministro.

“Temos tido calendários complicados e calhou conseguirmos fazer esta convergência neste dia […]. Havia a coincidência da data, do festejo e da condecoração, e a agricultura merece”, referiu.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, que considerou que o Presidente da República “é um dos principais responsáveis pela instabilidade política em Portugal” e que tem pressa em convocar eleições, Marcelo disse não perceber a pergunta e referiu apenas que, “depois dos votos dos portugueses das últimas eleições legislativas e das últimas eleições europeias, eles quiseram dizer estabilidade”.

Eduardo Cabrita criticou Marcelo Rebelo de Sousa numa entrevista ao Público e à Renascença divulgada esta quinta-feira.