A eletricidade no Equador foi restabelecida a 95% após um apagão à “escala nacional” na tarde de quarta-feira, disse o ministro da Energia equatoriano, Roberto Luque.

“Com corte às 18h41 [00h41 desta quinta-feira em Lisboa], a situação é que a nível nacional, 95% da energia já está restabelecida”, afirmou o ministro nas redes sociais.

O Equador sofreu um corte geral de eletricidade de pelo menos uma hora devido a falhas no sistema de transmissão de energia.

Há uma falha na rede que causou um corte em cascata, por isso não há eletricidade em todo o país”, escreveu horas antes Luque nas redes sociais.

Luque sublinhou também que o Operador Nacional de Energia Elétrica do Equador estava a trabalhar “para resolver o problema o mais rápido possível”.

A interrupção surpreendeu os equatorianos, principalmente os moradores de Quito e os utilizadores do metro, por volta das 15h20 (21h20 em Lisboa).

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A energia voltou gradualmente, de um bairro para outro, uma hora depois do apagão, pelo menos em Quito, cidade com cerca de três milhões de habitantes, constatou no local a agência de notícias France-Presse.

Os media locais noticiaram que o “apagão em massa” afetou diversas regiões do país e a falta de energia elétrica foi confirmada em cidades como Quito, Guayaquil, Cuenca e Manta, entre outras.

O corte de energia ocorreu dois dias depois de o governo ter descartado a possibilidade de apagões, tal como tinha sido anunciado na segunda-feira, depois de a central hidroelétrica Coca-Codo-Sinclair, o gerador mais importante do país, ter saído de operação.

A retirada do sistema daquela central deveu-se ao perigo de que pudesse sofrer danos devido ao aumento da quantidade de sedimentos nos caudais dos rios que a alimentam, devido às intensas chuvas.

Roberto Luque tinha garantido que os problemas de acumulação de sedimentos fizeram com que a central parasse de funcionar, mas frisou que foi utilizado um chamado “reservatório de compensação” para a colocar novamente em funcionamento.

Além disso, o ministro alertou que havia perigo semelhante nas hidrelétricas de Agoyán e San Francisco, também pelos efeitos das intensas chuvas, razão pela qual o país deixou de gerar 2.145 megawatts de energia.