“I’ve got a fossil fuel non-proliferation treaty baby, and I’ll write your name [“Eu tenho um tratado de não proliferação de combustíveis fósseis, bebé, e vou escrever o teu nome”, em português]”. Os fãs de Taylor Swift devem reconhecer a referência musical que o movimento “Just Stop Oil” utilizou para anunciar a ação de ativismo climático. Na madrugada desta quinta-feira, duas jovens britânicas atiraram tinta laranja a vários jatos privados estacionados no aeródromo privado no aeroporto de Stansted, no Reino Unido. Mas falharam o alvo principal.

Horas antes, na véspera do primeiro de três concertos que a artista vai dar no Wembley Stadium, em Londres, o jato de Swift tinha aterrado no local. “Por volta das cinco da manhã, Jennifer Kowalski e Cole Macdonald entraram no aeródromo privado, onde o jato de Swift está atualmente estacionado. A dupla pintou dois jatos privados [nenhum deles o da cantora] utilizando extintores de incêndio cheios de tinta laranja”, informa o “Just Stop Oil” em comunicado publicado no seu site oficial e redes sociais.

No X, o grupo partilhou um vídeo da ação. Num primeiro momento, assiste-se a uma das ativistas a cortar a vedação do aeródromo com recurso a uma serra elétrica. De seguida, as duas jovens, equipadas com extintores, conseguem lançar tinta para a lateral de dois aparelhos aéreos. No fim da gravação, com um dos aviões vandalizados como pano de fundo, as duas abraçam-se e olham para o nascer do sol.

Uma das ativistas considera que o mundo atual está dividido em dois. “Um em que os bilionários vivem no luxo, a voar em jatos privados, e outro em que estão a ser impostas condições de vida inviáveis a inúmeros milhões de pessoas”, assegura, referindo-se a Taylor Swift Swift que é criticada pelo uso abusivo do seu jato privado há vários anos. A cantora utiliza o veículo não só para as deslocações na sua digressão mundial, mas também para viagens de curta duração entre cidades norte-americanas.

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“Este sistema que permite a acumulação de riqueza extrema por alguns, em detrimento de todos os outros, está a destruir as condições necessárias para sustentar a vida humana, num ‘verão cruel’ [ndr: referência ao hit mundial ‘Cruel Summer’ da artista pop] sem fim e em aceleração rápida”, acrescenta Cole Macdonald.

O movimento exige que o novo governo do Reino Unido se comprometa a trabalhar com outros governos mundiais para chegar a um plano equitativo para acabar com a extração e queima de petróleo, gás e carvão até 2030.