A China, onde mais de metade dos adultos tem excesso de peso ou é obesa, anunciou esta quinta-feira uma campanha de três anos para “reforçar a gestão do peso” e incentivar “estilos de vida saudáveis”.

A Comissão Nacional de Saúde e os ministérios da Educação e dos Assuntos Civis, entre outros departamentos governamentais, delinearam uma série de medidas destinadas a “criar um ambiente favorável à gestão do peso”, “melhorar significativamente a consciência e as técnicas de controlo do peso na sociedade” e encorajar a “adoção de estilos de vida saudáveis”, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

A iniciativa surge na mesma semana em que Pequim aprovou a venda no país asiático do medicamento injetável Wegovy, produzido pelo gigante dinamarquês Novo Nordisk e utilizado para a perda de peso.

A iniciativa oficial procura igualmente abordar a questão do peso anormal em certos grupos demográficos e insta os empregadores a “fornecer infraestruturas e comodidades que promovam a atividade física” entre os seus trabalhadores.

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O plano prevê ainda a promoção da construção de cantinas e restaurantes saudáveis nos estabelecimentos de ensino, evitando a venda de alimentos ricos em sal, açúcar e gordura.

A iniciativa irá também implementar um plano de ação para melhorar a aptidão física dos estudantes, garantindo pelo menos uma hora de atividade física diária dentro e fora da escola, informou a agência.

A campanha prevê ainda esforços para “transformar as técnicas de processamento dos alimentos, reduzindo razoavelmente o teor de óleo, sal e açúcar nos produtos processados”.

Os níveis de peso estão intimamente relacionados com a saúde das pessoas, sendo o peso anormal, particularmente o excesso de peso e a obesidade, um importante fator de risco para doenças crónicas como as doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro, afirmaram as autoridades do país asiático.

Durante a segunda Conferência sobre Obesidade da China, realizada em agosto, estimou-se que mais de metade da população adulta da China tem excesso de peso ou é obesa, condições que, até 2030, representarão 22% do total das despesas médicas do país.

O fórum também destacou a distribuição geográfica desigual da obesidade no país asiático, com uma maior prevalência de excesso de peso no norte em comparação com o sul, atribuível a fatores como a dieta e o clima.