As prioridades eram claras, os alvos também já estavam identificados. Talvez mais do que nunca, Rui Costa, presidente do Benfica, balizou de forma concreta aquilo que não tinha corrido bem na época de 2023/24. Aí, a posição de lateral esquerdo era uma das prioridades depois da sucessão falhadas de Alejandro Grimaldo – e os encarnados não só acionaram a cláusula de opção do espanhol Álvaro Carreras como estão a tentar ainda aproximar posições com o Union Berlim para assegurarem o alemão Robin Gosens. Depois, existia também uma contratação de oportunidade, com Leandro Barreiro a chegar do Mainz a custo zero como “médio muito rotativo, muito dinâmico e que preenche um espaço de meio-campo que faltava com uma capacidade física elevada e uma qualidade técnica fiável para jogar no Benfica”. Seguia-se “o” grande alvo: o avançado.

“Não é normal numa equipa como o Benfica o ponta de lança não ultrapassar os dez golos numa época. Indiscutivelmente também foi um problema que sentimos na equipa e por isso essas tais rotações de avançados à procura da melhor solução, quer para fazer golos, quer para se inserir com o resto da equipa. Recordo que o Darwin quando chegou ao Benfica não teve um primeiro ano tão produtivo como o segundo. O próprio Gonçalo Ramos quando partiu para a época passada como titular a número 9 havia muitas dúvidas se estava pronto pois na época anterior tinha feito meia dúzia de golos. É uma exigência muito grande jogar neste clube e há posições muito críticas, esta é uma delas”, referiu o líder dos encarnados numa entrevista concedida no final de maio, para analisar toda a temporada de 2023/24. Também aí, ficou uma garantia.

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“Inegavelmente foi um dos problemas que tivemos neste ano, os golos da nossa estrutura atacante para não ser de um jogador só, pois chegámos a ter quatro, com o Musa. Foi uma lacuna que tivemos e que prejudicou o resultado global dos objetivos que tínhamos para a época. Não estou em condições de vos dizer quem sai ou quem não sai, estou em condições de vos dizer que a equipa será reforçada meticulosamente para ser muito mais forte do que aquilo que foi neste ano”, garantiu Rui Costa nesse mesmo momento. Agora, no primeiro dia do exercício 2024/25, veio essa confirmação: não se sabe quem vai ou não sair entre Arthur Cabral, Marcos Leonardo ou Tengstedt mas, no mesmo dia em que Petar Musa marcou um hat-trick nos EUA ao serviço do FC Dallas frente ao Minnesota United, a nova referência ofensiva chegou à Luz.

Vangelis Pavlidis, internacional grego de 25 anos que representava os neerlandeses do AZ Alkmaar, foi o escolhido pelos responsáveis encarnados para assumir a posição ‘9’ na equipa de Roger Schmidt, passando por Lisboa para fazer exames médicos e assinar pelo Benfica antes de voltar às férias. Todo o processo, que decorria há algumas semanas, foi acelerado nos últimos dias depois da tentativa dos alemães do Estugarda em desviar o jogador, que custou 18 milhões de euros mais dois milhões por objetivos, ficando ainda o conjunto neerlandês com 10% de uma futura mais valia. A cláusula de rescisão foi fixada nos 100 milhões.

Nascido em Salónica, Evangelos Pavlídis, também conhecido por Vangelis, começou a jogar no modesto Bebides 2000 FA Saloniki e terminou a formação nos alemães do Bochum, onde fez os primeiros três anos nos seniores com empréstimos ao B. Dortmund II e ao Willem II. Depois dessa última cedência, o avançado ficou mesmo nos Países Baixos, saindo para o AZ em 2021 para três temporadas que despertaram de vez o interesse de clubes maiores: 25 golos em 51 jogos em 2021/22, 22 golos em 40 jogos em 2022/23 e 33 golos em 46 jogos na última época, com 29 golos em 33 partidas a contar para a Liga neerlandesa.