O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, manifestou nesta terça-feira a intenção de manter o guarda-redes da equipa de futebol Diogo Costa, considerando-o “um dos maiores ativos” do clube portista.
Em primeiro lugar, queria dar os parabéns pelo feito da seleção nacional, que nos dignificou. Esperamos que consigam a vitória final neste Europeu. A exibição do Diogo é de louvar. É um dos maiores ativos do FC Porto e não temos interesse nenhum em ver-nos livres dele. Queremos que continue a dignificar as cores do FC Porto e penso que assim será. Ficamos contentes com a exibição dele e que se prolonguem até ao final”, referiu.
Villas-Boas, que foi recebido na Câmara Municipal do Porto pelo presidente da edilidade, Rui Moreira, abordou desta forma a exibição do guardião diante da Eslovénia, na segunda-feira, em que foi decisivo no apuramento de Portugal para os quartos de final do Euro2024, ao defender três pontapés dos eslovenos no desempate por grandes penalidades (3-0, após o 0-0 no final do prolongamento).
O presidente foi questionado por Francisco Conceição e neste caso a resposta já não foi tão incisiva e direta. Ainda assim, André Villas-Boas garantiu que ainda nenhum clube abordou o FC Porto com interesse pelo jogador.
“Estamos obrigados a fazer algumas mais-valias por causa dos regulamentos da UEFA e temos de fazer algumas compras e vendas. Temos consciência dos valores dos nossos ativos e será sempre considerado o momento em que formos abordados por algum clube. Por enquanto, ainda não fomos”, admitiu.
O dirigente garantiu ainda que a auditoria forense ao clube está em andamento e que em outubro deste ano deverá estar concluída, pelo que, nessa altura, os resultados serão revelados.
“Uma auditoria forense é um processo longo que vai até ao detalhe, vamos descobrindo algumas coisas que nos interessam e interessam aos sócios, sobretudo. Julgo que isto não acontecerá antes de outubro, até termos os resultados finais e os sócios, como são os reais detentores do clube de coração, serão os primeiros a serem informados”, esclareceu.
André Villas-Boas aproveitou ainda a ocasião para sossegar os adeptos do FC Porto ao referir que a situação do fair-play financeiro está controlada e “bem encaminhada”.
“Está controlado, estamos em contacto permanente com a UEFA no sentido de respondermos a todas as exigências de licenciamento que se deram a 30 de junho e terminam no máximo a 15 de julho. Está tudo bem encaminhado para que o FC Porto cumpra os requisitos e participe nas competições europeias”, garantiu.
Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, considerou a receção a André Villas-Boas, como um “momento muito especial”, lembrando que o FC Porto “transporta o nome da cidade fora de portas”.
“Mesmo quem não é portista, reconhece a importância e o relevo do clube na cidade, desportivo, económico e social. A Câmara Municipal do Porto valoriza muito este momento. Quando aqui chegámos, as relações eram marcadas por distanciamento, conflitualidade. Conseguimos acabar com essa guerra que não fazia sentido algum. Temos muito respeito pelo FC Porto, mas não interferimos nunca na dinâmica do clube. Não deve haver uma tentativa de apropriação, mas sim uma colaboração estratégica”, disse.
A direção de André Villas-Boas esteve hoje na Câmara Municipal do Porto para uma apresentação de cumprimentos. O pedido partiu do elenco diretivo do FC Porto, com o intuito de estreitar a colaboração entre as duas instituições.