A EGEAC, a empresa municipal de cultura da Câmara Municipal de Lisboa (CML), vai chamar-se Lisboa Cultura, revelou esta quinta-feira o presidente da CML, Carlos Moedas. “EGEAC é um nome que não soa. Muitas pessoas nem sabiam se era uma empresa do Estado, da Câmara, ou o queria dizer”, afirmou. “A marca é Lisboa. E, portanto, Lisboa Cultura é a nova marca, o novo nome da EGEAC, é o novo branding.

Uma das primeiras iniciativas da recém-nomeada Lisboa Cultura é a criação de um “programa de estímulo ao setor dos media, conteúdos e jornalismo” para “novos projetos jornalísticos e projetos para as plataformas digitais, com intervenção de um júri qualificado e sem qualquer intervenção editorial pela CML/Lisboa Cultura”, lê-se numa nota divulgada à imprensa. Segundo Gonçalo Reis, administrador não executivo da EGEAC, o projeto será apresentado em setembro, “com uma edição que vai já arrancar este ano”. “A ideia não é subsidiar ou apoiar meios de comunicação social, mas novos projetos e produtores de conteúdo” e de forma “recorrente”, garante o ex-presidente da RTP.

Num encontro com jornalistas em que fez um ponto de situação dos projetos e das atividades culturais na cidade, Carlos Moedas — que em maio assumiu o pelouro da Cultura depois da saída do vereador Diogo Moura — partilhou aquela que diz ser a sua visão para a cidade de Lisboa, assente numa ideia de “inovação e cultura como pilares básicos do estado social”.

O autarca lembrou “a dicotomia da cultura popular e da cultura de elites”. “Não quero isso, quero investir numa só cultura”, frisou, dando como exemplo o Teatro Variedades, no Parque Mayer, que vai reabrir em outubro acolhendo projetos de companhias de teatro independentes, bem como outras de cariz mais popular. “Esse cruzamento de culturas é importante”, sublinhou.

Além de revelar da data de reabertura do Pavilhão Julião Sarmento, Carlos Moedas anunciou ainda a ampliação e e renovação do Museu do Fado. Trata-se de um projeto do Atelier Santa-Rita Arquitetos e que concretiza a expansão para a ala poente do edifício aumentando a área expositiva em 60% e adaptando o espaço exterior para a programação de concertos e acolhimento regular de atividades de programação cultural.

Entre as prioridades do município para a área cultural está também a acessibilidade, com um “reforço de iniciativas nos museus, teatros, cinema, galerias municipais e espaços expositivos da Lisboa Cultura”, através de “plataformas elevatórias, disponibilização de cadeiras de rodas, sinalização para deficientes visuais, dispositivos de tradução e legendagem digital para língua gestual e audiodescrição”.

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