Pelo menos 21 pessoas, na sua maioria alunos, morreram e 69 ficaram feridas esta sexta-feira no centro da Nigéria quando uma escola ruiu durante a realização de exames, disseram a Cruz Vermelha e testemunhas.
A tragédia que atingiu a escola Saint Academy em Jos, capital do Estado de Plateau, fez “21 mortos e 69 feridos” que “foram todos internados em vários hospitais”, disse à AFP o porta-voz da Cruz Vermelha, Nuruddeen Hussain Magaji.
Antes, um jornalista da AFP viu cinco corpos na morgue de um hospital e 11 noutro. Todos usavam uniformes escolares.
Escavadoras mecânicas estavam a trabalhar para tentar resgatar as vítimas presas sob os escombros, enquanto os pais procuravam desesperadamente os seus filhos, observou um jornalista da AFP.
A multidão juntou-se à volta do edifício de betão que ruiu e dos montes de escombros.
As autoridades de Jos tinham anteriormente afirmado que “vários alunos” tinham morrido no desmoronamento parcial da escola. A Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) informou que um edifício de dois andares que albergava a Holy Academy, em Busa Buji, tinha desabado, “matando vários alunos”.
O correspondente da AFP disse ter visto onze corpos na morgue do Hospital Universitário de Bingham e cinco outros cadáveres levados para a morgue do Hospital de Nossa Senhora dos Apóstolos em Jos.
Pelo menos 15 estudantes que foram resgatados com ferimentos foram hospitalizados, disseram funcionários do hospital.
A causa do desmoronamento ainda não foi claramente estabelecida, mas, segundo os habitantes locais, ocorreu após três dias de chuva intensa.
Os desmoronamentos de edifícios são bastante comuns na Nigéria, o país mais populoso de África, devido à aplicação pouco rigorosa das normas de construção, à negligência e à utilização de materiais de má qualidade.
Em 2021, pelo menos 45 pessoas morreram quando um edifício em construção no bairro nobre de Ikoyi, em Lagos, a capital económica da Nigéria, ruiu.
No ano seguinte, dez pessoas morreram quando um edifício de três andares ruiu no bairro de Ebute-Metta, em Lagos.
Desde 2005, pelo menos 152 edifícios ruíram em Lagos, de acordo com um investigador universitário sul-africano que investiga as catástrofes no setor da construção.