A companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) alertou este sábado para a reprogramação de voos da companhia devido à revisão pontual do Boeing 737-700, a sua aeronave de maior porte.

“Devido a este facto, que se traduz na redução da capacidade de frota, alguns voos da companhia estão a ser reprogramados”, refere a LAM num comunicado enviado à comunicação social.

A companhia de bandeira moçambicana pede desculpas pelos “inconvenientes que as reprogramações de voos estão a causar”.

A LAM opera 12 destinos no mercado doméstico, a nível regional voa regularmente para Joanesburgo, Dar-Es-Salaam, Harare, Lusaca, e Cidade do Cabo, e Lisboa é o único destino intercontinental.

Na quarta-feira, o Conselho de Administração da LAM escolheu Américo Muchanga para presidente da companhia, em substituição de Theunis Christian de Klerk Crous, que ocupava interinamente a função desde fevereiro, no âmbito do afastamento de João Carlos Pó Jorge e do processo de reestruturação da empresa que está a cargo da Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana contratada para recuperar a LAM.

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A FMA está a gerir a LAM desde abril do ano passado, com um plano de restruturação em curso.

A estratégia de revitalização da empresa segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves.

Durante o período de gestão da FMA, a empresa sul-africana denunciou esquemas de desvio de dinheiro na LAM, com prejuízos de quase três milhões de euros, em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (TPA/POS) que não são da companhia.

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique instaurou um processo para investigar alegados esquemas de corrupção na venda de bilhetes da transportadora aérea moçambicana e sobre a gestão da frota da companhia.