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É um dos mais mortíferos ataques levados a cabo pelas forças israelitas desde o início do conflito na Faixa de Gaza e as imagens mostram isso mesmo. Este sábado, a meio da manhã, as Forças de Defesa de Israel atacaram a zona de al-Mawasi, a leste da cidade de Khan Younis, provocando 90 mortos e mais de 300 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O exército israelita confirmou que o ataque tinha como alvo o alto comandante do Hamas em Gaza, Mohamed Deif, e o comandante do Hamas na cidade de Khan Younis.

Deif, procurado há muito pelas autoridades israelitas, é considerado por Israel como o autor moral dos ataques de 7 de outubro (que causaram mais de 1200 mortos).  De acordo com os militares israelitas, na área atacada — que estava classificada como zona humanitária — havia um complexo do Hamas situado numa zona aberta e não as tendas de campanha onde estão milhares de deslocados. As Forças de Defesa de Israel alegam que a maioria dos mortos são membros do grupo islâmico.

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No entanto, um representante do Hamas negou já que o grupo tivesse membros dentro da zona humanitária de al-Mawasi, refutando a justificação usada por Israel para atacar aquela zona. “A verdade é que essas alegações são uma tentativa de esconder a escala do crime e a escala do massacre, embora [saibamos que] atingir esta quantidade de pessoas deslocadas não possa ser justificado por nada”, diz Izzat al-Rashq, membro do braço político do Hamas, citado pela Al Jazeera.

Já esta noite, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu que “não é absolutamente certo” que o alto comandante do Hamas Muhammad Deif tenha sido morto na sequência do ataque mas garantiu que “de uma maneira ou de outra”, Israel vai eliminar toda a liderança do grupo terrorista.

Numa conferência de imprensa no Ministério da Defesa, o primeiro-ministro israelita confirmou ter autorizado o ataque contra al-Mawasi (nos arredores de Khan Younis) quando recebeu indicação de que não haveria reféns naquela zona e depois de ter recebido informação sobre a extensão dos danos colaterais.