Os museus, monumentos e palácios desde janeiro sob a gestão da Museus e Monumentos de Portugal (MMP) receberam 5.157.360 visitantes em 2023, foi esta segunda-feira anunciado.

De acordo com dados divulgados pela empresa pública, este número junta mais de 3,6 milhões de visitas recebidas nos 26 equipamentos que até 31 de dezembro de 2023 estavam na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e mais de 1,5 milhões de visitantes dos outros 12 espaços culturais antes sob alçada das direções regionais.

As estatísticas de 2023 “mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP se verificou um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano”, indica, no comunicado.

Globalmente, os 38 equipamentos culturais agora tutelados pela empresa tinham recebido 4.713.006 milhões de visitantes em 2022.

Os museus, monumentos e palácios têm vindo gradualmente a recuperar as perdas de visitantes devido à pandemia de Covid-19, que impôs fortes restrições de acesso e encerramentos, provocando perdas de visitantes e de receitas da ordem dos 70%.

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De acordo com os dados reunidos pela MMP relativos a 2023, os visitantes com entrada paga representaram 76% do total de entradas, nas quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 57,6% do total.

Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.

Em quarto lugar surge o Paço dos Duques, em Guimarães, que somou 387.222 visitantes, e em quinto o Mosteiro da Batalha, com 366.872 visitantes. Em sexto está a Torre de Belém, em Lisboa, que recebeu 356.769 visitas em 2023.

Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade, destacam-se o Convento de Cristo, em Tomar, que registou 311.879 entradas e o Mosteiro de Alcobaça recebeu 200.531 visitantes.

O Palácio Nacional de Mafra, inscrito como Património Mundial em 2019, recebeu 164.972 visitas, enquanto o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, registou 118.123 visitantes, e o Panteão Nacional, em Lisboa, contabilizou 180.705 entradas.

Nos museus, os dados mostram que o mais visitado continua a ser o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que em 2023 recebeu 276.209 visitantes, seguido pelo Museu Nacional dos Coches, com 226.634 entradas.

Em terceiro e quarto lugares surgem o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que somou 107.223 entradas, e o Museu Nacional de Conímbriga, com 97.097 visitas.

O Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, registou 85.543, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, 67.797, enquanto o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, totalizou 58.904 visitantes.

A MMP recorda, por outro lado, que, entre 2022 e 2023, foram vários os museus e monumentos que tiveram de encerrar ao público devido a obras de reabilitação, entre os quais o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, e o Museu Nacional da Música.

Em 2022, as estatísticas divulgadas na altura, pela DGPC, sobre os 26 equipamentos tutelados, indicavam uma recuperação de dois milhões de visitantes, somando um total de 3.339.416 entradas.

No entanto, a afluência tinha ficado ainda aquém dos cerca de quatro a cinco milhões atingidos antes da pandemia, entre 2017 e 2019.